quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sistemática filogenética em debate

30º Willi Hennig Meeting, organizado por professores e alunos de Biologia do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São José do Rio Preto, reuniu cerca de 200 pesquisadores, dos quais 65 estrangeiros, de 29 de julho a 2 de agosto.

“Foi perfeito. O Brasil é um dos países com mais contribuição na área”, disse John Wenzel, professor no Carnegie Museum de Pittsburgh, Estados Unidos, sobre o evento que reuniu pesquisadores e estudantes para trocar conhecimento quanto às hipóteses das relações evolutivas dos diversos grupos de organismos, alvo de estudos da sistemática filogenética.

O encontro foi coordenado pelos professores Fernando Noll, do Ibilce, e Dalton de Souza Amorim, da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, que teve apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa - Organização de Reunião Científica e/ou Tecnológica.

Pela segunda vez em 30 anos o Brasil foi escolhido para receber um dos eventos mais importantes na área de Sistemática Filogenética – a primeira foi em 1998 na USP em São Paulo.

O encontro teve recorde de público, recebendo participantes da Europa, Japão, Estados Unidos e de vários países da América Latina. “Foi uma grande oportunidade de investimento qualificado na formação de novas gerações de pesquisadores em um setor de ciência no qual o Brasil já tem um grande destaque”, disse Noll.

Amorim destacou que o Brasil já ultrapassou os Estados Unidos em número de autores na revista mais importante da área de zoologia, a Zootaxa. “Proporcionalmente ao PIB, o Brasil é um dos países que mais investem em pesquisas de biodiversidade. Exemplo disso é o Programa BIOTA-FAPESP”, disse.

Amorim explica que a sistemática filogenética vai muito além da taxonomia, que dá nome aos organismos, uma vez que mostra a relação entre as espécies sob o ponto de vista evolutivo.

“Essas constatações são capazes de gerar aplicações muito importantes tanto na área médica, ao entendermos a evolução dos vírus, como na de biotecnologia, especialmente no que diz respeito ao conhecimento sobre fungos e bactérias”, disse.

Amorim acrescenta que conhecer a biodiversidade permite também que se defina o melhor lugar para a instalação de reservas biológicas.

Para Wenzel, o principal desafio da área é ver quais dos muitos dados obtidos nas pesquisas são úteis e, depois, saber processá-los para aplicar nas mais diversas áreas. “Para isso, esta reunião entre tantos pesquisadores é de grande contribuição”, disse.

Fonte: http://agencia.fapesp.br/14307
Comentário:Muito interessante essa noticia por que precisamos mesmo debater a genética.

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