sexta-feira, 27 de maio de 2011

Mata Atlântica perdeu uma área de 30 mil campos de futebol de floresta em dois anos

Brasília - A Mata Atlântica perdeu 311 quilômetros quadrados de floresta em dois anos, uma área maior que 30 mil campos de futebol. Os números são do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado hoje (26) pelo organização não governamental (ONG) Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O atlas avaliou a situação de remanescentes da vegetação original em 16 estados que fazem parte do bioma: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Só o Piauí ficou de fora, por causa da indefinição das formações florestais naturais no estado.

Entre 2008 e 2010, a maior parte do desmatamento na Mata Atlântica ocorreu em Minas Gerais. No estado, foram derrubados 124 quilômetros quadrados de vegetação nativa. Bahia e Santa Catarina aparecem em seguida, com 77 quilômetros quadrados e 37 quilômetros quadrados a menos de florestas no período.

Os dados do Inpe e da SOS Mata Atlântica mostram que em todos os estados houve queda no ritmo do desmate nos últimos anos. Na comparação com o período avaliado pelo levantamento anterior, de 2005 a 2008, houve queda de 55% no ritmo da derrubada. No entanto, de acordo com a diretora de gestão do conhecimento da ONG, Márcia Hirota, é preciso manter os esforços para conservação do bioma, que atualmente só tem 7,9% da área que ocupava originalmente.

“Quase acabamos com a Mata Atlântica, o que ainda existe precisa ser preservado a qualquer custo. É preciso ficar alerta, porque, apesar da queda, as ameaças ainda são grandes. Ainda observamos desmates para reflorestamento [com espécies não nativas], para pastagens e para transformação em carvão”, disse.

O atlas também aponta os municípios que mais desmataram a Mata Atlântica no biênio 2008-2010. Quatro dos cinco primeiros municípios do ranking são mineiros: Ponto dos Volantes e Jequitinhonha, na região do Vale do Jequitinhonha, e Pedra Azul e Águas Vermelhas, no norte do estado. Andaraí, na Bahia, completa o rol dos campeões de desmate.

Fonte:http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-26/mata-atlantica-perdeu-uma-area-de-30-mil-campos-de-futebol-de-floresta-em-dois-anos

Comentário:É muito ruim isso para o Brasil por que esta perdendo muita mata com o ser humano destruindo tudo para fazer materiais,isso tem que parar.

sábado, 21 de maio de 2011

Agrotóxicos impactam saúde do homem e ambiente

Educação e fiscalização. Esses, de acordo com o pesquisador da Ensp Josino Costa Moreira, são os dois principais aspectos para conter os danos provocados pela utilização dos agrotóxicos na agricultura brasileira. O pesquisador, que coordenou estudos sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde e ambiente na região centro-oeste e nordeste do país, revelou que as consequências são diversas. "Os agrotóxicos contaminam os alimentos, o ambiente e selecionam as espécies mais resistentes em determinado local. Esse impacto chega ao homem tanto pela exposição direta nas lavouras como pelas alterações que ele provoca no ambiente", alertou.

De acordo com Josino, o Brasil compõe a lista dos principais consumidores de agrotóxicos. Em volume, é o maior do mundo, sendo também, um dos primeiros quando se observa o consumo por hectare plantado. Dessa forma, o pesquisador direcionou uma de suas pesquisas à região que mais produz soja e grãos no país. "O Estado do Mato Grosso foi o que mais consumiu pesticidas no Brasil em 2008 e 2009. É o que mais produz soja, e isso traz um grande impacto no ambiente, pois lá temos biomas importantes, e essa utilização vem acompanhada de vários riscos, já que o cerrado e mesmo a floresta estão sendo substituídos por áreas de cultivo".

A pesquisa evidenciou grande contaminação em pessoas, segmentos ambientais, ar e animais. "Observamos contaminação em águas de rios, chuva e de poços artesianos, por exemplo. Outro resultado obtido foi em relação à contaminação de anfíbios. Animais que habitam as áreas contaminadas apresentaram alterações morfológicas mais frequentes quando comparadas às mesmas espécies que habitam áreas não contaminadas. Achamos um aumento de mais de 50% de deformações nessas áreas", justificou. O estudo também observou as minhocas. "Comparamos a situação dessas espécies nos dois ambientes. Ficou comprovado que os herbicidas estudados (2,4 D e glifosato), quando não matam, impedem a reprodução da minhoca. Também foram encontrados resíduos de agrotóxicos no leite materno. Apesar de estarem em níveis muito baixos, podem, eventualmente, comprometer o desenvolvimento normal ou a saúde dos bebês."

O crescimento do agronegócio no país é preocupante, segundo o pesquisador. Porém, deve ser enfrentado com duas ações. "O primeiro fator para solucionar esse problema é a educação! Conscientizando a população de que os agrotóxicos contaminam os alimentos, o ambiente, o homem, além de selecionarem as espécies mais resistentes em determinado ambiente, fica mais fácil trabalharmos. Por conta disso, nossa linha de ação busca focalizar a educação em todos os níveis, mas, principalmente, na escola primária. O trabalhador ficará mais sensibilizado se a informação vier pela fala de seu filho, pois, para eles que já trabalham há muito tempo com a substância, é difícil relacionar seus problemas de saúde ao uso dos agrotóxicos."

Outra linha de ação, na opinião do pesquisador, deve ser a fiscalização. Nesse aspecto, ainda de acordo com ele, o Brasil vem deixando a desejar. "O governo tem de ser ativo na fiscalização e orientação das pessoas, particularmente dos trabalhadores rurais. Eles acabam sendo os responsáveis pela manipulação dessas substâncias que são tóxicas em alguma extensão. A falta de suporte técnico e científico a estes trabalhadores na utilização dos produtos é uma das falhas que estamos cometendo."

Em relação à pesquisa no Nordeste, Josino afirmou que o trabalho está na fase final de tratamento dos dados. Nessa região, as pesquisas contemplam o município de Arapiraca, em Alagoas, com o impacto dos agrotóxicos sobre o homem e o ambiente como resultado da fumicultura; para os impactos resultantes da produção de frutas na região do São Francisco bem como de mulheres que trabalham na plantação do tomate em Pernambuco.

Fonte/Referências: http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=3985&sid=9

Comentário:É muito sério esse tipo de coisa por que prejudica a saúde de muita gente e principalmente o ambiente em que vivemos.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Super-repelente de insetos

Cientistas nos Estados Unidos anunciaram um novo tipo de repelente que se mostrou milhares de vezes mais eficaz do que os produtos tradicionais em testes realizados. Além disso, o super-repelente atua contra todos os tipos de insetos, incluindo moscas, mariposas e formigas.

O estudo feito pelo grupo do professor Laurence Zwiebel, na Universidade Vanderbilt, foi publicado no site e sáirá em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

“Descobrir um novo repelente não era nosso objetivo. Foi o resultado de uma anomalia que verificamos em nosso estudo”, disse David Rinker, um dos autores da pesquisa.

A pesquisa, que tem apoio dos Institutos de Saúde dos Estados Unidos, visa ao desenvolvimento de novas formas de controlar epidemias de malária por meio da atuação sobre os sensores olfativos dos mosquitos.

“Ainda é muito cedo para saber se o composto identificado poderá ser usado como base para um produto comercial. Mas ele é o primeiro de uma nova classe e, por conta disso, poderá ser usado no desenvolvimento de outros compostos que poderão ter características apropriadas para a comercialização”, disse Zwiebel.

A descoberta da nova classe de repelentes teve como base o conhecimento adquirido nos últimos anos a respeito das características dos sensores olfativos dos insetos.

Esses sensores se localizam nas antenas e atuam, no nível molecular, de forma semelhante aos sensores dos mamíferos. Entretanto, os sistemas olfativos dos insetos são fundamentalmente diferentes dos encontrados nos mamíferos.

Nos insetos, os receptores de cheiro não atuam autonomamente, mas por meio de um complexo com um único correceptor, chamado orco, que detecta as moléculas odoríferas. Os receptores de cheiro estão espalhados pela antena e cada um responde a um odor específico. Para funcionar, entretanto, cada um precisa estar conectado com um orco.

Zwiebel e equipe inseriram receptores de cheiro de mosquitos em células embrionárias do rim de humanos. Essas células foram testadas com uma biblioteca de mais de 118 mil pequenas moléculas utilizadas no desenvolvimento de drogas.

Os cientistas encontraram um número de compostos que ativou resposta nos receptores comuns e um outro que consistentemente disparou o complexo receptor-orco. A molécula, a primeira a estimular diretamente o correceptor, foi denominada VUAA1.

“Se compostos como a VUAA1 puderem ativar cada receptor de cheiro de um mosquito, então eles poderão dominar o olfato do inseto, criando um forte efeito repelente”, disse Rinker.

Em testes preliminares com mosquitos, o grupo observou que a VUAA1 foi milhares de vezes mais eficiente para repelir esses insetos do que compostos que usam o DEET, comumente empregado em repelentes.

O composto também se mostrou eficaz contra moscas, mariposas e formigas. “A VUAA1 abre a porta para o desenvolvimento de novos agentes que poderão não apenas atuar contra vetores de doenças que atingem os humanos como também contra pragas agrícolas”, disse Jones. A Universidade Vanderbilt entrou com pedido de patente para a nova classe de compostos químicos de uso potencial contra insetos.

Comentário:Muito interessante finalmente as pessoas podem se verem livres desses insetos que deixam todo mundo loucos.

Fonte/Referências: http://agencia.fapesp.br/13850

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Fóssil de formiga gigante desconhecida encontrado nos EUA

A "Titanomyma lubei" deve ter atravessado o Árctico durante picos de calor, há 50 milhões de anos

Restos fossilizados de uma das maiores espécies de formigas que já existiram foram descobertos nos Estados Unidos da América. Um estudo feito por uma equipa de cientistas norte-americanos e canadianos revela que esta espécie, Titanomyma lubei, deve ter atravessado o Árctico durante picos de calor, há 50 milhões de anos.

A formiga, que tinha mais de cinco centímetros de comprimento, terá viajado entre a Europa e a América do Norte quando os continentes estavam mais próximos. Os fósseis foram achados em sedimentos de um antigo lago no estado Wyoming.

No estudo, publicado na revista «Proceedings B», os investigadores explicam que espécie recém-descoberta parece semelhante à encontrada na Alemanha e sul de Inglaterra, do mesmo período geológico.

Pouco se sabe sobre os hábitos da espécie, a não ser que tinham asas, pelo menos a rainha, pois não foram encontradas formigas obreiras. Os fósseis foram encontrados próximos de plantas que vivem em temperaturas acima dos 20 graus centígrados.

Na época em que a espécie existiu (entre 56 milhões e 34 milhões de anos), houve períodos de eventos hipertermais, em que as temperaturas na Terra subiam para níveis mais altos que os actuais, provavelmente por causa da libertação de gases como o metano.

Artigo: Intercontinental dispersal of giant thermophilic ants across the Arctic during early Eocene hyperthermals

Fonte/Referências: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=48850&op=all 


Comentário:Muito interessante isso por que podem descobrir que a formiga um inseto pequeno pode ser grande antigamente.