Enquanto o Sudeste reduziu quase à metade a mortalidade por Aids nos últimos 12 anos, o Sul mantém o índice no nível mais alto do país desde 2003.
Na região, a mortalidade chegou a 9 casos por 100 mil habitantes no ano passado, quando a média nacional foi de 6,3. Apesar de representar menos de 15% da população brasileira, o Sul foi responsável por 23% dos novos casos de infecção por HIV em 2010.
Boletim preliminar divulgado ontem pelo Ministério da Saúde informa que indicadores nacionais de infecção pelo HIV melhoraram: houve leve queda em mortes, novos casos e na taxa de incidência entre 2009 e 2010.
O recorte do Sul despertou a atenção, disse o ministro Alexandre Padilha (Saúde).
"O crescimento nos menores municípios foi muito maior que em outras regiões do país", afirmou o ministro.
O ministério tem apenas hipóteses para explicar os altos números da infecção no Sul, como a grande presença de drogas injetáveis na região há alguns anos.
Os dados apontam, porém, outras disparidades geográficas. O Nordeste foi a única região a registrar mais casos de Aids entre 2009 e 2010, saindo de 6.555 para 6.702.
Já o Norte viu atingir, no ano passado, seu recorde no coeficiente de mortalidade, em 6,5 por 100 mil.
CIDADES COM MAIOR INCIDÊNCIA DO HIV
1º) Porto Alegre - Rio Grande do Sul
2º) Alvorada - Rio Grande do Sul
3º) Balneário Camboriú - Santa Catarina
4º) Uruguaiana - Rio Grande do Sul
5º) Sapucaia do Sul - Rio Grande do Sul
6º) Criciúma - Santa Catarina
7º) Biguaçu - Santa Catarina
8º) Pinhais - Paraná
9º) Florianópolis - Santa Catarina
10º) Canoas - Rio Grande do Sul
11º) São José - Santa Catarina
12º) São Leopoldo - Rio Grande do Sul
13º) Esteio - Rio Grande do Sul
14º) Itajaí - Santa Catarina
15º) Japeri - Rio de Janeiro
Comentário:Essa noticia é bastante interessante e preocupante ao mesmo tempo pois tem muitos casos em Porto Alegre e precisam de cuidados já
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1013187-incidencia-de-aids-e-maior-em-municipios-do-sul.shtml
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Hormônios fazem mulher que trabalha à noite ganhar peso
Estudo revela que a grelina e a xenina atuam de maneira desregulada no hipotálamo
Um estudo da linha de pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) que avalia hormônios que regulam o apetite, coordenada pelo endocrinologista Bruno Geloneze, apontou responsabilidade da grelina e da xenina, hormônios recém-descobertos, para o ganho de peso das trabalhadoras do turno da noite, indo contra o senso comum de que engordam porque trabalham muito ou por conta do estresse. Esses hormônios atuam de forma desregulada no hipotálamo (parte do cérebro que modula a fome e a saciedade) alterando o padrão de apetite dessas pessoas, que passam a consumir alimentos mais vezes e menos saudáveis. As consequências, além do ganho de peso, é que essas mulheres poderão ficar inclusive mais predispostas a desenvolver a indesejada síndrome metabólica, que promove em seus portadores problemas como hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes e obesidade.
A fisioterapeuta Daniela Schiavo, autora da pesquisa, comparou mecanismos de fome e saciedade de 12 mulheres que trabalham no turno normal do setor de limpeza do Hospital de Clínicas da Unicamp e 12 mulheres que atuam no turno da noite. Segundo ela, vários trabalhos na literatura indicam que as trabalhadoras do turno da noite têm maior ganho de peso que mulheres que têm a mesma função e trabalham de dia. Isso já está estabelecido mundialmente em grandes casuísticas, diz. O que pouco se sabe são os motivos que levam a esse ganho de peso e os mecanismos determinantes para o comportamento relacionado à fome e à saciedade.
O senso comum diz “trabalhar à noite aumenta o estresse e faz as pessoas comerem de maneira errada”. Diz mais: “depois que a obesidade se instala, é difícil as pessoas retomarem o peso original”. “Então também estudamos pessoas que não tinham obesidade ainda. Apesar de a gente ter feito um pareamento para idade, sexo, peso e atividade física, essas mulheres que trabalhavam à noite já apresentavam mais adiposidade abdominal, talvez sim ligado ao estresse da atividade”, expõe Geloneze. No estudo, foi dosado o cortisol, o hormônio do estresse.
A despeito da casuística ter sido pequena, segundo ele, foram tomados cuidados essenciais a uma pesquisa científica: só foram escolhidas mulheres, funcionárias do setor de limpeza de um mesmo lugar e que exerciam o mesmo tipo de função e na faixa etária entre 25 e 45 anos (em idade reprodutiva portanto, sem o viés da menopausa). Tinham ainda o mesmo padrão de atividade física. Não eram sedentárias, a se ver pelo seu trabalho (que não é leve), contudo não têm atividades programadas como frequentar uma academia, por impedimentos socioeconômicos e culturais.
Além disso, elas tinham o mesmo Índice de Massa Corporal (IMC), em torno de 26,5 (o índice fica entre 25 e 30), com um leve sobrepeso, mas que não é obesidade e nem tampouco um peso normal. Corresponde a um IMC médio da população brasileira, afirma Geloneze. Pessoas trabalhadoras noturnas há mais de um ano, que ainda não tinham um ganho de peso relevante, foram entrevistadas para se conhecer o seu comportamento alimentar: como era a sua sensação de fome e de saciedade. O estudo apurou que elas sentiam dificuldade em reconhecer a fome ou a saciedade. Como é possível saber isso?
Hormônios
Quando chega o horário em que a mulher habitualmente come, ela se lembra disso e recebe um insight: ‘você está com fome’. Nesse momento, ela em geral aponta para o estômago ou sente que ele está ‘sinalizando’ que é hora de comer. É o pico da grelina, produzida ciclicamente pelo estômago com um pico meia hora antes da refeição e uma redução acentuada 30 minutos a uma hora depois. “O pico de grelina desencadeia a hora de comer e, na hora que está com a sensação de saciação, ele fica com um nível mais baixo.”
Além da grelina, há a xenina, outro hormônio estomacal. No mesmo momento em que a grelina bate lá em cima (o pico pré-prandial, antes da refeição), a xenina bate lá embaixo. Quando a grelina cai após a refeição, a xenina sobe. Fazem oposição e, assim, mantêm um certo equilíbrio.
Junto ao pico pré-prandial da grelina, ocorre um ponto mais baixo ainda, tecnicamente chamado nadir, quando se produzem hormônios opositores à grelina – o GLP1, o PYY3-36 e a oxintomodulina. Eles são formados no intestino e caem um pouco antes da refeição, subindo depois dela. Na verdade, esses hormônios fazem a saciação, aquela sensação de que a fome passou, de plenitude gástrica, que acontece após a refeição.
Outro mecanismo, o da saciedade, é aquela sensação que a pessoa tem de não estar com fome entre as refeições, por volta das 10 horas, após o café da manhã, e das 15 horas, após o almoço. Neste momento não há mais a sensação de plenitude, mas ainda a fome não apareceu. É a fisiologia normal desempenhada pelo hormônio leptina que estava igual nos dois grupos de mulheres estudadas”, define o médico.
Testes
As mulheres estudadas foram ao Laboratório de Investigação, Metabolismo e Diabetes (Limed), localizado no Gastrocentro, para se submeter a um teste de refeição padrão mundialmente aceito. Este teste consistiu em ingerir uma barra de cereal e um copo de suco. Fizeram uma refeição balanceada com carboidrato, gordura e proteína, totalizando 515 calorias.
As mulheres que trabalham no turno normal ficaram uma hora em repouso no Limed esperando a hora de comer, às 8 horas, que coincidiu com o momento em que tomam o café da manhã. O que Daniela Schiavo observou é que elas tiveram um pico de grelina pré-prandial na hora de comer e uma queda da grelina após a refeição. A xenina caiu antes da refeição e subiu após dela. O GLP1, o PYY3-36 e a oxintomodulina não apresentaram queda acentuada, mas subiram após a refeição.
O comportamento com as trabalhadoras noturnas foi outro. Em sua rotina, elas tomam o café da manhã mesmo quando não estão trabalhando. “Nós as pegamos num dia de folga, para não terem o efeito do estresse de não ter dormido”, comenta Geloneze. No dia em que trabalham, ao cumprirem o turno, elas também tomam o café da manhã às 8 horas. Logo, elas chegaram ao Limed e comeram como sempre.
Agora vem a parte ‘charmosa’, anuncia o especialista. A grelina dessas mulheres antes da refeição sobe um pouco e conseguem desencadear o mecanismo de ‘comer’. Ocorre que, no pós-refeição, a grelina não cai e elas não têm a queda fisiológica da saciação. Os hormônios intestinais GLP1, PYY3-36 e oxintomodulina se comportaram igualmente nas pessoas que trabalham de dia, já a xenina caiu antes da refeição e subiu muito menos após a refeição. Resumindo: a regulação de xenina e grelina antes da refeição está parcialmente mantida, mas o efeito de elevar xenina pós-refeição e cair grelina, muito importantes à saciação, estava sobremodo desregulado.
Essa pode ser a causa do fenômeno de perda do ritmo biológico e da sensação de fome, saciedade e provavelmente por uma alimentação que passa a ser irregular, contribuindo para um aumento de calorias com o tempo. A pessoa que não tem saciação, come pouco. Daqui a pouco come mais uma vez e come de novo. Dificilmente faz uma refeição com verduras, legumes, arroz, feijão e carne, alimentos de qualidade e de baixa caloria. O pior, conta o endocrinologista, é que as trabalhadoras noturnas são tratadas como as que ganharam peso por outros motivos.
Talvez as mulheres não ingiram uma quantidade maior de alimento, todavia qualitativamente têm mais facilidade para fazer alimentação rápida, informa Geloneze. O que vem a se somar a isso é a mudança do ritmo biológico, determinada pelo horário da refeição, que leva a uma mudança dos hormônios do estômago, o qual produz a grelina. Esta foi descoberta em 2001. Acreditava-se que os mecanismos de saciação eram determinados apenas pelos hormônios intestinais GLP1, PYY3-36 e oxintomodulina. Não se conhecia a xenina.
À Unicamp coube o mérito do primeiro trabalho científico da literatura comprovando que a grelina após a cirurgia bariátrica em diabéticos não sobe após o emagrecimento. Em pessoas que emagrecem, ela sobe. Isso ajuda a explicar o porquê depois que as pessoas passam por uma cirurgia bariátrica não têm tanta fome, mesmo tendo emagrecido. Qualquer pessoa que faça regime tem mais fome. Este foi um dos trabalhos pioneiros da Unicamp, de 2003.
O segundo grupo, da Universidade de Washington, Seatlle, apresentou a cirurgia de forma inédita a pacientes não diabéticos. Posteriormente, um aluno de mestrado que desenvolvia pesquisa no Limed ficou um tempo naquela Universidade. Dessa interação, surgiram trabalhos cooperativos e, no mesmo ano, a Unicamp publicou um trabalho da cirurgia para diabéticos. “No caso das trabalhadoras noturnas, descobrimos a desregulação dos hormônios gastrointestinais, mas especificamente gástricos – do tubo digestivo ao órgão endócrino. Mas estamos dizendo aqui que a parte do tubo digestivo, o estômago endócrino, está desregulado. Raramente se imagina o descompasso de um hormônio que está determinando fome e saciação. Foi o que descrevemos”, declara o médico.
Estudos envolvem milhares de pessoas
No Limed, há três linhas de trabalho em andamento hoje, cujos acrônimos são Brams (Brazilian Metabolic Syndrome Study), Brains (Brazilian Incretin Study) e Baros (que deu origem ao termo bariátrica). O Brams, dividido em dois braços principais, é um grande estudo que está sendo feito com sete mil pacientes para avaliar a relação entre obesidade, distribuição de gordura corporal, citocinas inflamatórias, resistência à insulina e produção de insulina. É uma investigação multicêntrica financiada pelo CNPq e coordenada por Geloneze. Atualmente é conduzida em Campinas, Itu, Fortaleza e Natal.
O trabalho, já na metade, conta com quatro mil pacientes. Outro braço é o Brams Pediátrico, que reunirá 1.000 crianças e adolescentes que serão estudados quanto aos mesmos aspectos que compõem a síndrome metabólica (dislipidemia, hipertensão, diabetes e adiposidade central, produção de citocinas inflamatórias pelo tecido adiposo e resistência à insulina por testes dinâmicos). Os dois formam o primeiro estudo.
O segundo chama-se Brains (Brazilian Incretin Study) e estuda os hormônios gastrointestinais que modulam a produção de insulina. É um guarda-chuva da linha de pesquisa que analisa hormônios gastrointestinais. “Estamos estudando vários modelos. Um deles é esse das trabalhadoras noturnas”, comenta Geloneze. O terceiro estudo, o Baros, analisa os mecanismos fisiológicos e fisiopatológicos da cirurgia bariátrica, e várias técnicas e situações (com diabéticos, não diabéticos, insuficiência renal ou não).
A perspectiva é que, com o desenvolvimento de fármacos focados em mecanismos, o tratamento interferirá na grelina suprimindo a produção pós-prandial e, ao mesmo tempo, utilizará algum medicamento para aumentar a xenina pós-refeição. Com isso, recuperaria-se o padrão fisiológico, com repercussões na perda do peso.
Fonte: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/novembro2011/ju514_pag3.php#
Comentário:Muito interessante essa notica pois revelam mais estudos sobre o trabalho.
Um estudo da linha de pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) que avalia hormônios que regulam o apetite, coordenada pelo endocrinologista Bruno Geloneze, apontou responsabilidade da grelina e da xenina, hormônios recém-descobertos, para o ganho de peso das trabalhadoras do turno da noite, indo contra o senso comum de que engordam porque trabalham muito ou por conta do estresse. Esses hormônios atuam de forma desregulada no hipotálamo (parte do cérebro que modula a fome e a saciedade) alterando o padrão de apetite dessas pessoas, que passam a consumir alimentos mais vezes e menos saudáveis. As consequências, além do ganho de peso, é que essas mulheres poderão ficar inclusive mais predispostas a desenvolver a indesejada síndrome metabólica, que promove em seus portadores problemas como hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes e obesidade.
A fisioterapeuta Daniela Schiavo, autora da pesquisa, comparou mecanismos de fome e saciedade de 12 mulheres que trabalham no turno normal do setor de limpeza do Hospital de Clínicas da Unicamp e 12 mulheres que atuam no turno da noite. Segundo ela, vários trabalhos na literatura indicam que as trabalhadoras do turno da noite têm maior ganho de peso que mulheres que têm a mesma função e trabalham de dia. Isso já está estabelecido mundialmente em grandes casuísticas, diz. O que pouco se sabe são os motivos que levam a esse ganho de peso e os mecanismos determinantes para o comportamento relacionado à fome e à saciedade.
O senso comum diz “trabalhar à noite aumenta o estresse e faz as pessoas comerem de maneira errada”. Diz mais: “depois que a obesidade se instala, é difícil as pessoas retomarem o peso original”. “Então também estudamos pessoas que não tinham obesidade ainda. Apesar de a gente ter feito um pareamento para idade, sexo, peso e atividade física, essas mulheres que trabalhavam à noite já apresentavam mais adiposidade abdominal, talvez sim ligado ao estresse da atividade”, expõe Geloneze. No estudo, foi dosado o cortisol, o hormônio do estresse.
A despeito da casuística ter sido pequena, segundo ele, foram tomados cuidados essenciais a uma pesquisa científica: só foram escolhidas mulheres, funcionárias do setor de limpeza de um mesmo lugar e que exerciam o mesmo tipo de função e na faixa etária entre 25 e 45 anos (em idade reprodutiva portanto, sem o viés da menopausa). Tinham ainda o mesmo padrão de atividade física. Não eram sedentárias, a se ver pelo seu trabalho (que não é leve), contudo não têm atividades programadas como frequentar uma academia, por impedimentos socioeconômicos e culturais.
Além disso, elas tinham o mesmo Índice de Massa Corporal (IMC), em torno de 26,5 (o índice fica entre 25 e 30), com um leve sobrepeso, mas que não é obesidade e nem tampouco um peso normal. Corresponde a um IMC médio da população brasileira, afirma Geloneze. Pessoas trabalhadoras noturnas há mais de um ano, que ainda não tinham um ganho de peso relevante, foram entrevistadas para se conhecer o seu comportamento alimentar: como era a sua sensação de fome e de saciedade. O estudo apurou que elas sentiam dificuldade em reconhecer a fome ou a saciedade. Como é possível saber isso?
Hormônios
Quando chega o horário em que a mulher habitualmente come, ela se lembra disso e recebe um insight: ‘você está com fome’. Nesse momento, ela em geral aponta para o estômago ou sente que ele está ‘sinalizando’ que é hora de comer. É o pico da grelina, produzida ciclicamente pelo estômago com um pico meia hora antes da refeição e uma redução acentuada 30 minutos a uma hora depois. “O pico de grelina desencadeia a hora de comer e, na hora que está com a sensação de saciação, ele fica com um nível mais baixo.”
Além da grelina, há a xenina, outro hormônio estomacal. No mesmo momento em que a grelina bate lá em cima (o pico pré-prandial, antes da refeição), a xenina bate lá embaixo. Quando a grelina cai após a refeição, a xenina sobe. Fazem oposição e, assim, mantêm um certo equilíbrio.
Junto ao pico pré-prandial da grelina, ocorre um ponto mais baixo ainda, tecnicamente chamado nadir, quando se produzem hormônios opositores à grelina – o GLP1, o PYY3-36 e a oxintomodulina. Eles são formados no intestino e caem um pouco antes da refeição, subindo depois dela. Na verdade, esses hormônios fazem a saciação, aquela sensação de que a fome passou, de plenitude gástrica, que acontece após a refeição.
Outro mecanismo, o da saciedade, é aquela sensação que a pessoa tem de não estar com fome entre as refeições, por volta das 10 horas, após o café da manhã, e das 15 horas, após o almoço. Neste momento não há mais a sensação de plenitude, mas ainda a fome não apareceu. É a fisiologia normal desempenhada pelo hormônio leptina que estava igual nos dois grupos de mulheres estudadas”, define o médico.
Testes
As mulheres estudadas foram ao Laboratório de Investigação, Metabolismo e Diabetes (Limed), localizado no Gastrocentro, para se submeter a um teste de refeição padrão mundialmente aceito. Este teste consistiu em ingerir uma barra de cereal e um copo de suco. Fizeram uma refeição balanceada com carboidrato, gordura e proteína, totalizando 515 calorias.
As mulheres que trabalham no turno normal ficaram uma hora em repouso no Limed esperando a hora de comer, às 8 horas, que coincidiu com o momento em que tomam o café da manhã. O que Daniela Schiavo observou é que elas tiveram um pico de grelina pré-prandial na hora de comer e uma queda da grelina após a refeição. A xenina caiu antes da refeição e subiu após dela. O GLP1, o PYY3-36 e a oxintomodulina não apresentaram queda acentuada, mas subiram após a refeição.
O comportamento com as trabalhadoras noturnas foi outro. Em sua rotina, elas tomam o café da manhã mesmo quando não estão trabalhando. “Nós as pegamos num dia de folga, para não terem o efeito do estresse de não ter dormido”, comenta Geloneze. No dia em que trabalham, ao cumprirem o turno, elas também tomam o café da manhã às 8 horas. Logo, elas chegaram ao Limed e comeram como sempre.
Agora vem a parte ‘charmosa’, anuncia o especialista. A grelina dessas mulheres antes da refeição sobe um pouco e conseguem desencadear o mecanismo de ‘comer’. Ocorre que, no pós-refeição, a grelina não cai e elas não têm a queda fisiológica da saciação. Os hormônios intestinais GLP1, PYY3-36 e oxintomodulina se comportaram igualmente nas pessoas que trabalham de dia, já a xenina caiu antes da refeição e subiu muito menos após a refeição. Resumindo: a regulação de xenina e grelina antes da refeição está parcialmente mantida, mas o efeito de elevar xenina pós-refeição e cair grelina, muito importantes à saciação, estava sobremodo desregulado.
Essa pode ser a causa do fenômeno de perda do ritmo biológico e da sensação de fome, saciedade e provavelmente por uma alimentação que passa a ser irregular, contribuindo para um aumento de calorias com o tempo. A pessoa que não tem saciação, come pouco. Daqui a pouco come mais uma vez e come de novo. Dificilmente faz uma refeição com verduras, legumes, arroz, feijão e carne, alimentos de qualidade e de baixa caloria. O pior, conta o endocrinologista, é que as trabalhadoras noturnas são tratadas como as que ganharam peso por outros motivos.
Talvez as mulheres não ingiram uma quantidade maior de alimento, todavia qualitativamente têm mais facilidade para fazer alimentação rápida, informa Geloneze. O que vem a se somar a isso é a mudança do ritmo biológico, determinada pelo horário da refeição, que leva a uma mudança dos hormônios do estômago, o qual produz a grelina. Esta foi descoberta em 2001. Acreditava-se que os mecanismos de saciação eram determinados apenas pelos hormônios intestinais GLP1, PYY3-36 e oxintomodulina. Não se conhecia a xenina.
À Unicamp coube o mérito do primeiro trabalho científico da literatura comprovando que a grelina após a cirurgia bariátrica em diabéticos não sobe após o emagrecimento. Em pessoas que emagrecem, ela sobe. Isso ajuda a explicar o porquê depois que as pessoas passam por uma cirurgia bariátrica não têm tanta fome, mesmo tendo emagrecido. Qualquer pessoa que faça regime tem mais fome. Este foi um dos trabalhos pioneiros da Unicamp, de 2003.
O segundo grupo, da Universidade de Washington, Seatlle, apresentou a cirurgia de forma inédita a pacientes não diabéticos. Posteriormente, um aluno de mestrado que desenvolvia pesquisa no Limed ficou um tempo naquela Universidade. Dessa interação, surgiram trabalhos cooperativos e, no mesmo ano, a Unicamp publicou um trabalho da cirurgia para diabéticos. “No caso das trabalhadoras noturnas, descobrimos a desregulação dos hormônios gastrointestinais, mas especificamente gástricos – do tubo digestivo ao órgão endócrino. Mas estamos dizendo aqui que a parte do tubo digestivo, o estômago endócrino, está desregulado. Raramente se imagina o descompasso de um hormônio que está determinando fome e saciação. Foi o que descrevemos”, declara o médico.
Estudos envolvem milhares de pessoas
No Limed, há três linhas de trabalho em andamento hoje, cujos acrônimos são Brams (Brazilian Metabolic Syndrome Study), Brains (Brazilian Incretin Study) e Baros (que deu origem ao termo bariátrica). O Brams, dividido em dois braços principais, é um grande estudo que está sendo feito com sete mil pacientes para avaliar a relação entre obesidade, distribuição de gordura corporal, citocinas inflamatórias, resistência à insulina e produção de insulina. É uma investigação multicêntrica financiada pelo CNPq e coordenada por Geloneze. Atualmente é conduzida em Campinas, Itu, Fortaleza e Natal.
O trabalho, já na metade, conta com quatro mil pacientes. Outro braço é o Brams Pediátrico, que reunirá 1.000 crianças e adolescentes que serão estudados quanto aos mesmos aspectos que compõem a síndrome metabólica (dislipidemia, hipertensão, diabetes e adiposidade central, produção de citocinas inflamatórias pelo tecido adiposo e resistência à insulina por testes dinâmicos). Os dois formam o primeiro estudo.
O segundo chama-se Brains (Brazilian Incretin Study) e estuda os hormônios gastrointestinais que modulam a produção de insulina. É um guarda-chuva da linha de pesquisa que analisa hormônios gastrointestinais. “Estamos estudando vários modelos. Um deles é esse das trabalhadoras noturnas”, comenta Geloneze. O terceiro estudo, o Baros, analisa os mecanismos fisiológicos e fisiopatológicos da cirurgia bariátrica, e várias técnicas e situações (com diabéticos, não diabéticos, insuficiência renal ou não).
A perspectiva é que, com o desenvolvimento de fármacos focados em mecanismos, o tratamento interferirá na grelina suprimindo a produção pós-prandial e, ao mesmo tempo, utilizará algum medicamento para aumentar a xenina pós-refeição. Com isso, recuperaria-se o padrão fisiológico, com repercussões na perda do peso.
Fonte: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/novembro2011/ju514_pag3.php#
Comentário:Muito interessante essa notica pois revelam mais estudos sobre o trabalho.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Amazônia e Cataratas do Iguaçu são escolhidas entre as Sete Maravilhas Naturais do Mundo
Brasília – O site New 7 Wonders divulgou hoje o resultado da votação que elegeu as Sete Novas Maravilhas Naturais do mundo, e entre elas, estão a Amazônia e as Cataratas do Iguaçu. De acordo com os organizadores, o resultado ainda não é definitivo porque agora os votos serão verificados, validados e depois passarão por uma auditoria.
Os outros locais eleitos são a Baía Halong, no Vietnã; a Ilha Jeju, na Coreia do Sul; a Ilha Komodo, na Indonésia; o Rio Subterrâneo de Porto Princesa, nas Filipinas; e a Montanha da Mesa, na África do Sul. Os locais foram anunciados em ordem alfabética e não por ordem de votação. O concurso recebeu cerca de 1 bilhão de votos.
Inicialmente, foram inscritos 440 locais de mais de 220 países, filtrados em 28 finalistas, depois a 14, e finalmente aos sete vencedores. A organização ressalta que pode haver alguma mudança nos países eleitos com a recontagem de votos.
As Cataratas do Iguaçu, com seus 275 saltos ao longo do rio, é considerada a maior cortina de água do mundo e teve candidatura binacional franqueada pelo Brasil e pela Argentina. A linha fronteiriça entre os dois países passa pela Garganta do Diabo – o maior de seus saltos.
A Amazônia ocupa cerca de 5,5 milhões de quilômetros quadrados que se espalham por nove países. O Brasil tem cerca de 60% da floresta, e o resto está dividido entre o Peru, Equador, Suriname, a Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guiana e Guiana Francesa.
De acordo com a coordenadora-geral de Regionalização do Ministério do Turismo, Ana Clévia Guerreiro, essa conquista vem somar ao momento positivo de exposição mundial que o país vive com a chegada da Copa do Mundo e das Olimpíadas. “Isso dá visibilidade para o Brasil, e não é só o turismo que se beneficia, mas todas as atividades econômicas que envolvem as belezas naturais”.
Ela também ressaltou que a premiação beneficiará o turismo de todo o país, e não só dos locais escolhidos. “Quando a pessoa vem ao Brasil, ela tem um tempo de permanência maior e deseja aproveitar ao máximo para conhecer o que pode do país. Ela faz um roteiro misto onde tem algo principal que motivou a viagem dela e depois aproveita para conhecer outras coisas”.
Comentário:Muito interessante essa noticia pois o Brasil vai ficar mais famoso.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-11-11/amazonia-e-cataratas-do-iguacu-sao-escolhidas-entre-sete-maravilhas-naturais-do-mundo
Os outros locais eleitos são a Baía Halong, no Vietnã; a Ilha Jeju, na Coreia do Sul; a Ilha Komodo, na Indonésia; o Rio Subterrâneo de Porto Princesa, nas Filipinas; e a Montanha da Mesa, na África do Sul. Os locais foram anunciados em ordem alfabética e não por ordem de votação. O concurso recebeu cerca de 1 bilhão de votos.
Inicialmente, foram inscritos 440 locais de mais de 220 países, filtrados em 28 finalistas, depois a 14, e finalmente aos sete vencedores. A organização ressalta que pode haver alguma mudança nos países eleitos com a recontagem de votos.
As Cataratas do Iguaçu, com seus 275 saltos ao longo do rio, é considerada a maior cortina de água do mundo e teve candidatura binacional franqueada pelo Brasil e pela Argentina. A linha fronteiriça entre os dois países passa pela Garganta do Diabo – o maior de seus saltos.
A Amazônia ocupa cerca de 5,5 milhões de quilômetros quadrados que se espalham por nove países. O Brasil tem cerca de 60% da floresta, e o resto está dividido entre o Peru, Equador, Suriname, a Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guiana e Guiana Francesa.
De acordo com a coordenadora-geral de Regionalização do Ministério do Turismo, Ana Clévia Guerreiro, essa conquista vem somar ao momento positivo de exposição mundial que o país vive com a chegada da Copa do Mundo e das Olimpíadas. “Isso dá visibilidade para o Brasil, e não é só o turismo que se beneficia, mas todas as atividades econômicas que envolvem as belezas naturais”.
Ela também ressaltou que a premiação beneficiará o turismo de todo o país, e não só dos locais escolhidos. “Quando a pessoa vem ao Brasil, ela tem um tempo de permanência maior e deseja aproveitar ao máximo para conhecer o que pode do país. Ela faz um roteiro misto onde tem algo principal que motivou a viagem dela e depois aproveita para conhecer outras coisas”.
Comentário:Muito interessante essa noticia pois o Brasil vai ficar mais famoso.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-11-11/amazonia-e-cataratas-do-iguacu-sao-escolhidas-entre-sete-maravilhas-naturais-do-mundo
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Caminhos genéticos
Resultados de pesquisas avançadas em câncer, células-tronco e doenças genéticas foram apresentados em 26 de outubro, último dia da FAPESP Week no Woodrow Wilson International Center for Scholars, em Washington, para uma plateia de cientistas dos Estados Unidos e do Brasil.
Mayana Zatz, professora do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo e coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP, falou sobre pesquisas com células-tronco feitas pelo grupo que coordena.
"Estudamos células-tronco com o objetivo de poder utilizá-las em terapia celular, especialmente em doenças neuromusculares e craniofaciais, como uma ferramenta que permita melhorar nossa compreensão da expressão gênica em doenças genéticas", disse.
Os estudos incluem uma comparação do potencial de células estromais mesenquimais adultas a partir de fontes in vitro e in vivo de diferentes modelos animais. Os experimentos com fins terapêuticos são voltados para a reparação óssea, tratamento de doenças neuromusculares e distrofias musculares, além da criação de um banco de células-tronco de pacientes com diferentes doenças genéticas.
A palestra de Ricardo Renzo Brentani, diretor-presidente da FAPESP e presidente do Hospital A.C. Camargo, foi sobre o uso de genômica e genética molecular no desenvolvimento de alternativas de tratamento para o câncer.
Brentani descreveu o trabalho feito no Hospital A.C. Camargo, o maior hospital de câncer no Brasil, que atende a mais de 16 mil novos casos da doença por ano, realizando cerca de 11 mil cirurgias. O hospital, que sedia um CEPID-FAPESP e um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), é responsável por cerca de 60% da produção científica em oncologia publicada pelo país.
"Há uma década, o A.C. Camargo participou do projeto Genoma Humano do Câncer, financiado pela FAPESP e pelo Instituto Ludwig. Amostras de tumores estudados em 30 laboratórios foram reunidos no hospital, onde foram dissecados por nossos patologistas. O resultado foi a segunda maior contribuição no mundo para o transcriptoma humano", destacou.
Fernando Ferreira Costa, professor da Faculdade de Ciências Médicas e reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), falou sobre alvos potenciais para o desenvolvimento de drogas para o tratamento de doenças genéticas no sangue, como a anemia falciforme (malformação de hemácias).
O grupo coordenado por Costa investiga o emprego da terapia com hidroxiureia somada à estimulação da produção de hemoglobina fetal para o tratamento dessas doenças no sangue.
Segundo ele, a terapia com hidroxiureia, aliada à estimulação da produção de hemoglobina fetal e à redução de hemólise – destruição de hemácias por rompimento da membrana plasmática com liberação da hemoglobina –, levou a uma melhoria nos processos de coagulação.
Valder Arruda falou sobre estudos feitos pelo grupo que coordena na Universidade da Pensilvânia para o desenvolvimento de terapia genética para o tratamento de doenças hereditárias como hemofilia, a dificuldade de coagulação sanguínea.
De acordo com Arruda, os resultados da adoção de terapia genética em cães com doenças no sangue têm se mostrado altamente promissores.
O cientista, quando estava na Unicamp, teve apoio da Fundação por meio do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes e foi um dos pesquisadores principais do Projeto Temático "Genética molecular das alterações hereditárias da hemoglobina e estudo funcional dos genes globina gama", coordenado por Ferreira Costa.
Fonte: http://agencia.fapesp.br/14721
Comentário:Muito interessante essa noticia sobre caminhos genéticos.
Mayana Zatz, professora do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo e coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP, falou sobre pesquisas com células-tronco feitas pelo grupo que coordena.
"Estudamos células-tronco com o objetivo de poder utilizá-las em terapia celular, especialmente em doenças neuromusculares e craniofaciais, como uma ferramenta que permita melhorar nossa compreensão da expressão gênica em doenças genéticas", disse.
Os estudos incluem uma comparação do potencial de células estromais mesenquimais adultas a partir de fontes in vitro e in vivo de diferentes modelos animais. Os experimentos com fins terapêuticos são voltados para a reparação óssea, tratamento de doenças neuromusculares e distrofias musculares, além da criação de um banco de células-tronco de pacientes com diferentes doenças genéticas.
A palestra de Ricardo Renzo Brentani, diretor-presidente da FAPESP e presidente do Hospital A.C. Camargo, foi sobre o uso de genômica e genética molecular no desenvolvimento de alternativas de tratamento para o câncer.
Brentani descreveu o trabalho feito no Hospital A.C. Camargo, o maior hospital de câncer no Brasil, que atende a mais de 16 mil novos casos da doença por ano, realizando cerca de 11 mil cirurgias. O hospital, que sedia um CEPID-FAPESP e um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), é responsável por cerca de 60% da produção científica em oncologia publicada pelo país.
"Há uma década, o A.C. Camargo participou do projeto Genoma Humano do Câncer, financiado pela FAPESP e pelo Instituto Ludwig. Amostras de tumores estudados em 30 laboratórios foram reunidos no hospital, onde foram dissecados por nossos patologistas. O resultado foi a segunda maior contribuição no mundo para o transcriptoma humano", destacou.
Fernando Ferreira Costa, professor da Faculdade de Ciências Médicas e reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), falou sobre alvos potenciais para o desenvolvimento de drogas para o tratamento de doenças genéticas no sangue, como a anemia falciforme (malformação de hemácias).
O grupo coordenado por Costa investiga o emprego da terapia com hidroxiureia somada à estimulação da produção de hemoglobina fetal para o tratamento dessas doenças no sangue.
Segundo ele, a terapia com hidroxiureia, aliada à estimulação da produção de hemoglobina fetal e à redução de hemólise – destruição de hemácias por rompimento da membrana plasmática com liberação da hemoglobina –, levou a uma melhoria nos processos de coagulação.
Valder Arruda falou sobre estudos feitos pelo grupo que coordena na Universidade da Pensilvânia para o desenvolvimento de terapia genética para o tratamento de doenças hereditárias como hemofilia, a dificuldade de coagulação sanguínea.
De acordo com Arruda, os resultados da adoção de terapia genética em cães com doenças no sangue têm se mostrado altamente promissores.
O cientista, quando estava na Unicamp, teve apoio da Fundação por meio do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes e foi um dos pesquisadores principais do Projeto Temático "Genética molecular das alterações hereditárias da hemoglobina e estudo funcional dos genes globina gama", coordenado por Ferreira Costa.
Fonte: http://agencia.fapesp.br/14721
Comentário:Muito interessante essa noticia sobre caminhos genéticos.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Cientistas extraem proteína humana do arroz
Descoberta pode responder à crescente procura mundial de albumina
Uma equipe de investigadores chineses anunciou hoje que conseguiu extrair albumina a partir de arroz geneticamente modificado, avança a LUSA. A descoberta foi publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
Em medicina, esta proteína humana do sangue serve para tratar queimaduras e doenças do fígado.
A China é um dos países mais afetados pela carência de albumina. Atualmente, a proteína apenas é extraída através de dádivas de sangue. Mas com esta investigação abre-se uma via para a produção de albumina humana sintética, o que poderá responder à procura mundial da proteína que ronda as 500 toneladas ao ano, segundo a agência AFP.
Para refazer a proteína, os cientistas manipularam geneticamente grãos de arroz para produzir quantidades elevadas de albumina. Conseguiram depois separar a proteína do resto do grão, o que lhes permitiu extrair 2,75 gramas de albumina por quilo de arroz.
A proteína sintética foi posteriormente usada para tratar ratinhos com cirrose. Os resultados da experiência com roedores, sobre os quais não se conhecem pormenores, foram bastante similares aos obtidos em humanos, de acordo com a AFP.
Para os autores da investigação, a albumina extraída geneticamente do arroz é “física e quimicamente equivalente à albumina humana”. A sua produção a grande escala “pode ajudar a responder à procura mundial crescente de albumina humana”, defendem.
Uma equipe de investigadores chineses anunciou hoje que conseguiu extrair albumina a partir de arroz geneticamente modificado, avança a LUSA. A descoberta foi publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
Em medicina, esta proteína humana do sangue serve para tratar queimaduras e doenças do fígado.
A China é um dos países mais afetados pela carência de albumina. Atualmente, a proteína apenas é extraída através de dádivas de sangue. Mas com esta investigação abre-se uma via para a produção de albumina humana sintética, o que poderá responder à procura mundial da proteína que ronda as 500 toneladas ao ano, segundo a agência AFP.
Para refazer a proteína, os cientistas manipularam geneticamente grãos de arroz para produzir quantidades elevadas de albumina. Conseguiram depois separar a proteína do resto do grão, o que lhes permitiu extrair 2,75 gramas de albumina por quilo de arroz.
A proteína sintética foi posteriormente usada para tratar ratinhos com cirrose. Os resultados da experiência com roedores, sobre os quais não se conhecem pormenores, foram bastante similares aos obtidos em humanos, de acordo com a AFP.
Para os autores da investigação, a albumina extraída geneticamente do arroz é “física e quimicamente equivalente à albumina humana”. A sua produção a grande escala “pode ajudar a responder à procura mundial crescente de albumina humana”, defendem.
Comentário:Muito interessante essa noticia pois agora podem extrair proteinas humanas do arroz.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Há outra forma de estudar DNA, RNA e proteínas
Equipe que cria novo método envolve investigadores da Universidade do Porto
Agostinho Antunes e Guillermin Aguero-Chapin, do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, Universidade do Porto, desenvolveram com uma equipe de oito cientistas internacionais uma nova metodologia para o estudo de Biopolímeros.
O estudo de Biopolímeros é importante para “poder estudar genes e proteínas que apresentem uma elevada divergência sequencial e incluir na análise simultaneamente a informação da sequência e estrutura dos genes”, explica Agostinho Antunes ao Ciência Hoje.
Os métodos clássicos de alinhamento de sequências de nucleótidos e aminoácidos são "pouco efectivos" para o estudo de genes e proteínas que apresentem uma elevada divergência sequencial. Esse é o caso, por exemplo, da classe de genes ITS2 (internal transcribed spacer 2) nos seres vivos com células eucarióticas, ou seja, com um núcleo celular rodeado por uma membrana (DNA compartimentado e consequentemente separado do citoplasma).
Na investigação, publicada recentemente na revista internacional Plos One, foi desenvolvida uma metodologia baseada em índices topológicos que sintetizaram a informação da sequência e estrutura dos genes ITS2.
Esta nova metodologia “pode ser aplicada em estudos de genes/proteínas envolvidos em doenças genéticas, estudo de genes/proteínas de agentes infecciosos ou de organismos produtores de compostos bioactivos” e vai permitir a “utilização de informação sequencial e estrutural de biopolímeros em simultâneo”, afirma o geneticista.
Na prática, “pode ser facilmente aplicada através de um software desenvolvido por nós e de livre acesso”, acrescenta.
Fonte:http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=51623&op=all
Comentário:Muito interessante essa noticia pois podem descobrir como estudar melhor o rna e o dna.
Agostinho Antunes e Guillermin Aguero-Chapin, do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, Universidade do Porto, desenvolveram com uma equipe de oito cientistas internacionais uma nova metodologia para o estudo de Biopolímeros.
O estudo de Biopolímeros é importante para “poder estudar genes e proteínas que apresentem uma elevada divergência sequencial e incluir na análise simultaneamente a informação da sequência e estrutura dos genes”, explica Agostinho Antunes ao Ciência Hoje.
Os métodos clássicos de alinhamento de sequências de nucleótidos e aminoácidos são "pouco efectivos" para o estudo de genes e proteínas que apresentem uma elevada divergência sequencial. Esse é o caso, por exemplo, da classe de genes ITS2 (internal transcribed spacer 2) nos seres vivos com células eucarióticas, ou seja, com um núcleo celular rodeado por uma membrana (DNA compartimentado e consequentemente separado do citoplasma).
Na investigação, publicada recentemente na revista internacional Plos One, foi desenvolvida uma metodologia baseada em índices topológicos que sintetizaram a informação da sequência e estrutura dos genes ITS2.
Esta nova metodologia “pode ser aplicada em estudos de genes/proteínas envolvidos em doenças genéticas, estudo de genes/proteínas de agentes infecciosos ou de organismos produtores de compostos bioactivos” e vai permitir a “utilização de informação sequencial e estrutural de biopolímeros em simultâneo”, afirma o geneticista.
Na prática, “pode ser facilmente aplicada através de um software desenvolvido por nós e de livre acesso”, acrescenta.
Fonte:http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=51623&op=all
Comentário:Muito interessante essa noticia pois podem descobrir como estudar melhor o rna e o dna.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Análises de DNA
A criação do centro foi possível graças à aquisição de um equipamento chamado HiScan, cuja importação dos Estados Unidos – no valor de US$ 1,18 milhões – contou com o apoio da FAPESP na modalidade Auxílio a Projeto de Pesquisa - Programa Equipamentos Multiusuários.
A máquina atua como um scanner, analisando o material genético contido em um chip de alta densidade e que tem a mesma função de uma lâmina.
O equipamento faz o sequenciamento com velocidade superior aos métodos adotados no país até então. Ele também destaca com precisão os Single Nucleotide Polymorphism (SNPs) ou polimorfismos de base única, que são os marcadores genético-moleculares.
O chip utilizado é capaz de mostrar uma variedade alta de SNPs. Ao identificar essa grande quantidade de marcadores, a tecnologia permite que os cientistas façam uma série de aplicações, como verificar mutações genéticas e selecionar indivíduos com determinadas características para reprodução e melhoramento da espécie.
"Nós já fazíamos isso antes, mas dependíamos de laboratórios dos Estados Unidos, para onde tínhamos que enviar nossos materiais para análise", disse a bióloga Eliana Gertrudes de Macedo Lemos, professora do Departamento de Tecnologia da FCAV, ao site da universidade.
O equipamento da Unesp atenderá tanto a demandas dos pesquisadores envolvidos nos projetos da universidade como as de estudiosos de outras instituições, públicas ou privadas, inclusive de empresas e produtores.
E a aquisição, segundo a professora, beneficiará também diferentes áreas do conhecimento, entre as quais biotecnologia, melhoramento genético animal e agropecuária.
Dois projetos de grande porte da Unesp foram viabilizados com a aquisição da máquina e já estão em curso. Um deles é uma análise de material genético de mais de 6 mil gados de corte, uma busca pelo melhoramento da carne bovina que ampliará o alcance do primeiro estudo.
O outro é a genotipagem do Mico-leão-de-cara-preta (Leontopithecus caissara), iniciativa realizada em parceria com o Zoológico de São Paulo. "Esse primata está ameaçado de extinção.
Ao fazer a genotipagem, podemos evitar cruzamentos de indivíduos com parentesco", explicou Eliana. "Isso permitirá uma melhoria genética e mais chance de sobrevida dos animais que nascerem após a seleção."
Fonte: http://agencia.fapesp.br/14690
Comentário:Muito interessante pois eles podem estudar mais o dna.
A máquina atua como um scanner, analisando o material genético contido em um chip de alta densidade e que tem a mesma função de uma lâmina.
O equipamento faz o sequenciamento com velocidade superior aos métodos adotados no país até então. Ele também destaca com precisão os Single Nucleotide Polymorphism (SNPs) ou polimorfismos de base única, que são os marcadores genético-moleculares.
O chip utilizado é capaz de mostrar uma variedade alta de SNPs. Ao identificar essa grande quantidade de marcadores, a tecnologia permite que os cientistas façam uma série de aplicações, como verificar mutações genéticas e selecionar indivíduos com determinadas características para reprodução e melhoramento da espécie.
"Nós já fazíamos isso antes, mas dependíamos de laboratórios dos Estados Unidos, para onde tínhamos que enviar nossos materiais para análise", disse a bióloga Eliana Gertrudes de Macedo Lemos, professora do Departamento de Tecnologia da FCAV, ao site da universidade.
O equipamento da Unesp atenderá tanto a demandas dos pesquisadores envolvidos nos projetos da universidade como as de estudiosos de outras instituições, públicas ou privadas, inclusive de empresas e produtores.
E a aquisição, segundo a professora, beneficiará também diferentes áreas do conhecimento, entre as quais biotecnologia, melhoramento genético animal e agropecuária.
Dois projetos de grande porte da Unesp foram viabilizados com a aquisição da máquina e já estão em curso. Um deles é uma análise de material genético de mais de 6 mil gados de corte, uma busca pelo melhoramento da carne bovina que ampliará o alcance do primeiro estudo.
O outro é a genotipagem do Mico-leão-de-cara-preta (Leontopithecus caissara), iniciativa realizada em parceria com o Zoológico de São Paulo. "Esse primata está ameaçado de extinção.
Ao fazer a genotipagem, podemos evitar cruzamentos de indivíduos com parentesco", explicou Eliana. "Isso permitirá uma melhoria genética e mais chance de sobrevida dos animais que nascerem após a seleção."
Fonte: http://agencia.fapesp.br/14690
Comentário:Muito interessante pois eles podem estudar mais o dna.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
10 espécies cuja população diminui porque a nossa aumenta
Um levantamento feito pelas Nações Unidas garante: antes do final desse ano, a população de seres humanos no planeta deve atingir a marca de 7 bilhões. Enquanto esse número ainda segue crescente, há certos habitantes do planeta fazendo o caminho contrário: a população de animais está decrescendo a níveis alarmantes.
O século XXI apresenta um novo panorama relacionado à extinção. Se os índices atuais forem mantidos, os cientistas calculam que 75% das espécies de hoje devem ser totalmente erradicadas do planeta nos próximos 300 a 2.000 anos. Conheça dez exemplos em que a diminuição populacional, e não o aumento, deve ameaçar a existência em um futuro perigosamente próximo.
10 – FURÃO DE PÉS NEGROS
Um mapa dos Estados Unidos que mostra as áreas onde vive esse pequeno mamífero norte-americano também mostra uma triste figura. As “manchas” de habitat do furão de pés negros (Mustela nigripes) praticamente sumiram. A trágica história desse mamífero começou nos anos 90, quando agricultores dos EUA se envolveram em um esforço nacional para combater o “cão de pradaria”, roedor que estraga plantações.
Isso foi um golpe duro à população de furões, que têm uma dieta 90% composta de cães de pradaria, e cujo habitat (campos de mata rasteira) foi reduzido a apenas 2% da área original. Em 1986, um levantamento americano apontou um número desesperador: havia apenas 18 furões espalhados pelo país inteiro. Desde então, um programa ambiental elevou essa população acima de mil, mas a espécie segue ameaçada.
9 – PEIXE-GATO-GIGANTE
O Rio Mekong, décimo mais volumoso do mundo, nasce em campos da província chinesa do Tibet e cruza seis países do sudeste asiático por 1.535 quilômetros. Em suas águas, está escondido um drama: a quase extinção do Pangasianodon gigas, nome científico para um peixe que chega a atingir três metros de comprimento e mais de 270 quilos.
Na última década, 90% da população original do peixe-gato-gigante simplesmente sumiram do mapa, de modo que restaram cerca de 300 indivíduos no planeta. A própria distribuição do peixe pelo rio dá uma noção do problema: antigamente, eles apareciam por toda a extensão do rio asiático. Agora, ocupam menos da metade desse espaço.
8 – VAQUITA
Você já falar da vaquita? Não se trata de um mamífero terrestre, como talvez você tenha imaginado, mas de uma espécie de boto. Notória pelo pequeno espaço no mundo que habita (apenas alguns quilômetros quadrados no Golfo da Califórnia, no México), a Phocoena sinusis é um dos animais aquáticos mais ameaçados do mundo.
Tal como várias espécies marinhas, a maior ameaça à vaquita eram as redes de pesca predatória, até recentemente. Em 2000, um levantamento do governo mexicano constatou que as redes de pesca matavam de 39 a 84 indivíduos da já reduzida espécie a cada ano. Diante do índice, o governo reduziu o número de redes em 80%, o que amenizou a situação. Mesmo assim, a poluição do mar segue como fator predominante para manter as vaquitas sob ameaça.
7 – LIBÉLULA ESMERALDA
Certos animais sob risco de extinção comovem a opinião pública, mas os insetos raramente se encaixam neste perfil. O panorama para eles, no entanto, é igualmente crítico: algumas espécies devem desaparecer da face da Terra em breve. Um inseto americano, a libélula esmeralda (Somatochlora hineana), apresenta um dos piores índices.
No caso de insetos, em geral, o que contribui para a destruição é a erradicação de ambientes úmidos próprios para o desenvolvimento das espécies. Quando há diminuição da área, a redução populacional é uma consequência direta.
6 – SALAMANDRA OZARK
Se você observar uma foto desse animal, já pode imaginar que é uma espécie exótica. A salamandra Ozark (Cryptobranchus alleganensis), que habita a América do Norte, apareceu apenas recentemente na lista de espécies em extinção. Há menos de 600 indivíduos atualmente, já que a população foi reduzida em 75% nas últimas décadas.
As principais ameaças à salamandra Ozark, que habita rios de alguns estados dos EUA, são não apenas a redução do ambiente em si, mas da qualidade dele. No caso, o fator mais prejudicial é a poluição da água.
5 – GAVIAL
O nome científico, Gavialis gangeticus, já dá uma ideia de onde este animal semelhante ao crocodilo habita: entre outros lugares, as águas do Rio Ganges, na Índia. Atualmente, no entanto, os cientistas poderiam trocar o nome científico do gavial, porque ele foi erradicado da Índia e de outros quatro países. Restam apenas cerca de 1.500 indivíduos da espécie.
A situação já era preocupante nos anos 90, quando a outrora grande população do gavial já estava abaixo dos dez mil. 98% dos lugares onde ele vivia não são mais aptos para sua sobrevivência.
4 – GIBÃO DE CRISTA NEGRA DE HAINAN
Vamos pelo princípio: você já viu um gibão? É um primata semelhante ao macaco. Há várias espécies, mas uma delas, em especial, está sob grave risco. É o Nomascus hainanus, que habita apenas a ilha de Hainan, na China.
Como estão restritos à ilha, é fácil fazer um levantamento populacional. E o número foi alarmante: antes de 1960, havia mais de 2.000 desses primatas, e hoje não há mais de treze indivíduos pela ilha inteira. No caso deles, a indústria primária foi o problema: com produção de borracha nas áreas rasteiras, os gibãos tiveram que migrar para o alto das árvores, onde a oferta de alimentos é menor.
3 – ‘AKIKIKI
A pequena ilha de Kaua’i, no Havaí, guarda um problema relacionado a uma classe animal ainda não tratada nesta lista: as aves. O pequeno pássaro ‘Akikiki habita exclusivamente a ilha, onde há menos de 1.500 indivíduos atualmente.
O problema das aves no Havaí é crítico: das 71 espécies catalogadas na região em 1778, 26 já deixaram de existir completamente, e outras 32 estão em situação semelhante à do ‘Akikiki. O modo como as espécies sumiram também é inusitado: alguns pássaros morreram em massa por contaminação de doenças passadas por insetos.
2 – DYSPIS BREVICAULLIS
Se você acompanha o problema de extinção não apenas nos animais, mas também em plantas, há também algo importante a se destacar. Uma espécie vegetal curiosa, que é uma pequena árvore cujas folhas parecem nascer do chão, tem sua população sensivelmente reduzida. Atualmente, é encontrada em apenas três pequenas regiões da ilha de Madagascar. A agricultura, nesse caso, é um fator que tem dizimado a espécie, não apenas pela redução de áreas nativas, mas por certos produtos químicos usados no solo.
1 – CORAL CHIFRE-DE-ALCE
Voltamos aos animais, mas essa espécie também não está entre as mais lembradas. Os recifes de Coral do Caribe, de forma geral, são “sustentados” pela espécie chifre-de-alce (Acropora Palmata), que sempre marcou presença constante na região. Com o nome dado em alusão aos seu formato, essa espécie era abundante até a década de 80. Desde então, a população foi reduzida em trágicos 95%, especialmente devido à uma doença altamente contagiosa no ambiente.
Fonte: http://hypescience.com/10-especies-cuja-populacao-diminui-porque-a-nossa-aumenta/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29
Comentário: Muito interessante essa noticia pois podem descobrir mais populações que são extintas por nossa causa.
O século XXI apresenta um novo panorama relacionado à extinção. Se os índices atuais forem mantidos, os cientistas calculam que 75% das espécies de hoje devem ser totalmente erradicadas do planeta nos próximos 300 a 2.000 anos. Conheça dez exemplos em que a diminuição populacional, e não o aumento, deve ameaçar a existência em um futuro perigosamente próximo.
10 – FURÃO DE PÉS NEGROS
Um mapa dos Estados Unidos que mostra as áreas onde vive esse pequeno mamífero norte-americano também mostra uma triste figura. As “manchas” de habitat do furão de pés negros (Mustela nigripes) praticamente sumiram. A trágica história desse mamífero começou nos anos 90, quando agricultores dos EUA se envolveram em um esforço nacional para combater o “cão de pradaria”, roedor que estraga plantações.
Isso foi um golpe duro à população de furões, que têm uma dieta 90% composta de cães de pradaria, e cujo habitat (campos de mata rasteira) foi reduzido a apenas 2% da área original. Em 1986, um levantamento americano apontou um número desesperador: havia apenas 18 furões espalhados pelo país inteiro. Desde então, um programa ambiental elevou essa população acima de mil, mas a espécie segue ameaçada.
9 – PEIXE-GATO-GIGANTE
O Rio Mekong, décimo mais volumoso do mundo, nasce em campos da província chinesa do Tibet e cruza seis países do sudeste asiático por 1.535 quilômetros. Em suas águas, está escondido um drama: a quase extinção do Pangasianodon gigas, nome científico para um peixe que chega a atingir três metros de comprimento e mais de 270 quilos.
Na última década, 90% da população original do peixe-gato-gigante simplesmente sumiram do mapa, de modo que restaram cerca de 300 indivíduos no planeta. A própria distribuição do peixe pelo rio dá uma noção do problema: antigamente, eles apareciam por toda a extensão do rio asiático. Agora, ocupam menos da metade desse espaço.
8 – VAQUITA
Você já falar da vaquita? Não se trata de um mamífero terrestre, como talvez você tenha imaginado, mas de uma espécie de boto. Notória pelo pequeno espaço no mundo que habita (apenas alguns quilômetros quadrados no Golfo da Califórnia, no México), a Phocoena sinusis é um dos animais aquáticos mais ameaçados do mundo.
Tal como várias espécies marinhas, a maior ameaça à vaquita eram as redes de pesca predatória, até recentemente. Em 2000, um levantamento do governo mexicano constatou que as redes de pesca matavam de 39 a 84 indivíduos da já reduzida espécie a cada ano. Diante do índice, o governo reduziu o número de redes em 80%, o que amenizou a situação. Mesmo assim, a poluição do mar segue como fator predominante para manter as vaquitas sob ameaça.
7 – LIBÉLULA ESMERALDA
Certos animais sob risco de extinção comovem a opinião pública, mas os insetos raramente se encaixam neste perfil. O panorama para eles, no entanto, é igualmente crítico: algumas espécies devem desaparecer da face da Terra em breve. Um inseto americano, a libélula esmeralda (Somatochlora hineana), apresenta um dos piores índices.
No caso de insetos, em geral, o que contribui para a destruição é a erradicação de ambientes úmidos próprios para o desenvolvimento das espécies. Quando há diminuição da área, a redução populacional é uma consequência direta.
6 – SALAMANDRA OZARK
Se você observar uma foto desse animal, já pode imaginar que é uma espécie exótica. A salamandra Ozark (Cryptobranchus alleganensis), que habita a América do Norte, apareceu apenas recentemente na lista de espécies em extinção. Há menos de 600 indivíduos atualmente, já que a população foi reduzida em 75% nas últimas décadas.
As principais ameaças à salamandra Ozark, que habita rios de alguns estados dos EUA, são não apenas a redução do ambiente em si, mas da qualidade dele. No caso, o fator mais prejudicial é a poluição da água.
5 – GAVIAL
O nome científico, Gavialis gangeticus, já dá uma ideia de onde este animal semelhante ao crocodilo habita: entre outros lugares, as águas do Rio Ganges, na Índia. Atualmente, no entanto, os cientistas poderiam trocar o nome científico do gavial, porque ele foi erradicado da Índia e de outros quatro países. Restam apenas cerca de 1.500 indivíduos da espécie.
A situação já era preocupante nos anos 90, quando a outrora grande população do gavial já estava abaixo dos dez mil. 98% dos lugares onde ele vivia não são mais aptos para sua sobrevivência.
4 – GIBÃO DE CRISTA NEGRA DE HAINAN
Vamos pelo princípio: você já viu um gibão? É um primata semelhante ao macaco. Há várias espécies, mas uma delas, em especial, está sob grave risco. É o Nomascus hainanus, que habita apenas a ilha de Hainan, na China.
Como estão restritos à ilha, é fácil fazer um levantamento populacional. E o número foi alarmante: antes de 1960, havia mais de 2.000 desses primatas, e hoje não há mais de treze indivíduos pela ilha inteira. No caso deles, a indústria primária foi o problema: com produção de borracha nas áreas rasteiras, os gibãos tiveram que migrar para o alto das árvores, onde a oferta de alimentos é menor.
3 – ‘AKIKIKI
A pequena ilha de Kaua’i, no Havaí, guarda um problema relacionado a uma classe animal ainda não tratada nesta lista: as aves. O pequeno pássaro ‘Akikiki habita exclusivamente a ilha, onde há menos de 1.500 indivíduos atualmente.
O problema das aves no Havaí é crítico: das 71 espécies catalogadas na região em 1778, 26 já deixaram de existir completamente, e outras 32 estão em situação semelhante à do ‘Akikiki. O modo como as espécies sumiram também é inusitado: alguns pássaros morreram em massa por contaminação de doenças passadas por insetos.
2 – DYSPIS BREVICAULLIS
Se você acompanha o problema de extinção não apenas nos animais, mas também em plantas, há também algo importante a se destacar. Uma espécie vegetal curiosa, que é uma pequena árvore cujas folhas parecem nascer do chão, tem sua população sensivelmente reduzida. Atualmente, é encontrada em apenas três pequenas regiões da ilha de Madagascar. A agricultura, nesse caso, é um fator que tem dizimado a espécie, não apenas pela redução de áreas nativas, mas por certos produtos químicos usados no solo.
1 – CORAL CHIFRE-DE-ALCE
Voltamos aos animais, mas essa espécie também não está entre as mais lembradas. Os recifes de Coral do Caribe, de forma geral, são “sustentados” pela espécie chifre-de-alce (Acropora Palmata), que sempre marcou presença constante na região. Com o nome dado em alusão aos seu formato, essa espécie era abundante até a década de 80. Desde então, a população foi reduzida em trágicos 95%, especialmente devido à uma doença altamente contagiosa no ambiente.
Fonte: http://hypescience.com/10-especies-cuja-populacao-diminui-porque-a-nossa-aumenta/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29
Comentário: Muito interessante essa noticia pois podem descobrir mais populações que são extintas por nossa causa.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Cientistas descobrem o que regula o desenvolvimento de células
Cientistas da Universidade de Erasmus, na Holanda, descobriram o mecanismo que regula o desenvolvimento das diferentes células sanguíneas. O estudo poderá ajudar no avanço do tratamento de leucemias, imunodeficiências e doenças auto-imunes, avança a agência Lusa.
A equipe de investigadores, que incluí o português Tiago Luís, realizou uma experiência com ratos geneticamente modificados e com diferentes quantidades de proteína Wnt.
Os resultados demonstraram que a variação de Wnt leva à formação de um tipo de célula sanguínea (glóbulos vermelhos, brancos, plaquetas) ou à nova multiplicação de células estaminais (células-mãe raras que se encontram no interior da medula óssea).
Segundo Tiago Luís, que crê nas potencialidades da descoberta na medicina regenerativa, a produção de linfócitos, por exemplo, requer “doses elevadas ou moderadamente elevadas” de Wnt.
Manipulando as quantidades de Wnt é possível “melhorar a produção de linfócitos após a transplantação de medula óssea” e “melhorar o prognóstico” de leucemias, imunodeficiências ou doenças auto-imunes, explica o cientista.
O próximo passo dos investigadores, cujo estudo foi publicado na revista Cell Stem Cell, será testar os conhecimentos em células humanas e noutras doenças.
Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=51335&op=all
Comentário:Muito interessante essa noticia por que podem descobrir mais coisas sobre as células.
A equipe de investigadores, que incluí o português Tiago Luís, realizou uma experiência com ratos geneticamente modificados e com diferentes quantidades de proteína Wnt.
Os resultados demonstraram que a variação de Wnt leva à formação de um tipo de célula sanguínea (glóbulos vermelhos, brancos, plaquetas) ou à nova multiplicação de células estaminais (células-mãe raras que se encontram no interior da medula óssea).
Segundo Tiago Luís, que crê nas potencialidades da descoberta na medicina regenerativa, a produção de linfócitos, por exemplo, requer “doses elevadas ou moderadamente elevadas” de Wnt.
Manipulando as quantidades de Wnt é possível “melhorar a produção de linfócitos após a transplantação de medula óssea” e “melhorar o prognóstico” de leucemias, imunodeficiências ou doenças auto-imunes, explica o cientista.
O próximo passo dos investigadores, cujo estudo foi publicado na revista Cell Stem Cell, será testar os conhecimentos em células humanas e noutras doenças.
Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=51335&op=all
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Aves imunizadas
Uma técnica desenvolvida em 1998 pelos cientistas norte-americanos Andrew Z. Fire e Craig C. Mello para controlar a expressão de genes, testada por uma pesquisadora brasileira na avicultura, pode auxiliar no controle de um dos principais vírus causadores de doenças respiratórias virais, que representam hoje as maiores fontes de prejuízos ao setor avícola.
Denominada “interferência por RNA”, a técnica, que rendeu o prêmio Nobel de Medicina de 2006 a Fire e Mello, possibilitou o estudo das funções de genes específicos e pode ajudar a desenvolver tratamentos para uma série de doenças genéticas.
A dupla percebeu que, ao introduzir nos órgãos reprodutivos do verme Caenorhabditis elegans moléculas de RNA correspondente a uma determinada proteína muscular do artrópode, seus descendentes se contorciam de maneira peculiar. E esse mesmo movimento era observado em vermes modificados geneticamente para não ter o gene que sintetiza a proteína.
Por meio desse experimento, os cientistas concluíram que as moléculas de RNA eram capazes de inativar o gene do verme, inibindo a produção da proteína responsável pela produção de um músculo dele, sem alterar diretamente seu DNA.
Entre 2004 a 2007, durante seu doutorado, realizado no Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com Bolsa da FAPESP, a pesquisadora Helena Lage Ferreira decidiu verificar se a técnica também era capaz de inibir a replicação do metapneumovírus aviário (AMPV) – o agente primário da rinotraqueíte de perus e associado à síndrome da cabeça inchada em frangos e galinhas, que é uma doença altamente contagiosa.
Introduzindo moléculas de RNA em regiões alvo do genoma do AMPV nas células de aves infectadas, a pesquisadora observou que a técnica também foi capaz de inibir em quase 100% a replicação do vírus.
“Até então essa técnica tinha sido aplicada para inibir apenas vírus humanos, e depois desse trabalho, surgiram vários outros aplicando a mesma tecnologia para impedir a replicação de vírus aviários”, disse Lage durante a conferência que proferiu durante o Simpósio Científico sobre Defesa Sanitária Animal e Vegetal, promovido em setembro pela FAPESP e pela Fundação Bunge.
A pesquisadora foi contemplada com o Prêmio Fundação Bunge 2011, no tema “Defesa Sanitária Animal e Vegetal”, na categoria Juventude (direcionada a pesquisadores com até 35 anos de idade), por suas pesquisas sobre doenças respiratórias aviárias.
Apesar dos bons resultados obtidos com a utilização da técnica na avicultura, ela ainda não está sendo usada no setor devido ao seu alto custo. Mas, em contrapartida, está sendo estudada para inibir a replicação do metapneumovírus humano, que é do mesmo gênero do aviário.
“Essas moléculas de RNA ainda não estão sendo comercializadas, porque representam uma tecnologia nova. Mas já estão em fase experimental e em breve deverão chegar às farmácias para o tratamento de doenças respiratórias em humanos”, disse Lage.
Tropismo viral
Segundo a cientista, as doenças respiratórias virais representam hoje alguns dos principais problemas para a avicultura brasileira, que ocupa o terceiro lugar na produção mundial.
Entre os principais vírus causadores dessas doenças são o da laringotraqueíte infecciosa, o metapneumovírus aviário, o vírus da bronquite infecciosa, a influenza aviária e da doença de Newcastle, que representam as maiores fontes de prejuízos ao setor.
Encontrados em aves silvestres (exceto o vírus da laringotraqueíte infecciosa), as quais normalmente não apresentam os problemas respiratórios causados por eles, esses vírus são propagados pelas aves comerciais e podem exterminar um plantel.
Para combater esses vírus, atualmente os criadores de galinhas e perus utilizam vacinas de origem europeia ou norte-americana. Mas, de acordo com a pesquisadora, é preciso verificar se essas vacinas realmente combatem os vírus de campo “brasileiros”.
“É preciso estudar os limites dos programas de vacinação contra vírus de doenças respiratórias aviárias no Brasil, porque o tropismo viral – propensão que um vírus tem em infectar um determinado tipo de célula ou tecido – pode não ser o mesmo dos vírus combatidos pelas vacinas importadas de empresas multinacionais”, disse.
Além disso, de acordo com Lage, é preciso verificar a eficácia dessas vacinas, que devem ser capazes de inibir tanto a infecção como a excreção viral, para evitar a contaminação dos ambientes de criação, e tentar estabelecer uma correlação da proteção com a resposta sorológica para certificar se as aves estão sendo bem vacinadas.
Fonte: http://agencia.fapesp.br/14570
Comentário:Muito interessante essa noticia por que estuda as vacinas e o dna.
Denominada “interferência por RNA”, a técnica, que rendeu o prêmio Nobel de Medicina de 2006 a Fire e Mello, possibilitou o estudo das funções de genes específicos e pode ajudar a desenvolver tratamentos para uma série de doenças genéticas.
A dupla percebeu que, ao introduzir nos órgãos reprodutivos do verme Caenorhabditis elegans moléculas de RNA correspondente a uma determinada proteína muscular do artrópode, seus descendentes se contorciam de maneira peculiar. E esse mesmo movimento era observado em vermes modificados geneticamente para não ter o gene que sintetiza a proteína.
Por meio desse experimento, os cientistas concluíram que as moléculas de RNA eram capazes de inativar o gene do verme, inibindo a produção da proteína responsável pela produção de um músculo dele, sem alterar diretamente seu DNA.
Entre 2004 a 2007, durante seu doutorado, realizado no Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com Bolsa da FAPESP, a pesquisadora Helena Lage Ferreira decidiu verificar se a técnica também era capaz de inibir a replicação do metapneumovírus aviário (AMPV) – o agente primário da rinotraqueíte de perus e associado à síndrome da cabeça inchada em frangos e galinhas, que é uma doença altamente contagiosa.
Introduzindo moléculas de RNA em regiões alvo do genoma do AMPV nas células de aves infectadas, a pesquisadora observou que a técnica também foi capaz de inibir em quase 100% a replicação do vírus.
“Até então essa técnica tinha sido aplicada para inibir apenas vírus humanos, e depois desse trabalho, surgiram vários outros aplicando a mesma tecnologia para impedir a replicação de vírus aviários”, disse Lage durante a conferência que proferiu durante o Simpósio Científico sobre Defesa Sanitária Animal e Vegetal, promovido em setembro pela FAPESP e pela Fundação Bunge.
A pesquisadora foi contemplada com o Prêmio Fundação Bunge 2011, no tema “Defesa Sanitária Animal e Vegetal”, na categoria Juventude (direcionada a pesquisadores com até 35 anos de idade), por suas pesquisas sobre doenças respiratórias aviárias.
Apesar dos bons resultados obtidos com a utilização da técnica na avicultura, ela ainda não está sendo usada no setor devido ao seu alto custo. Mas, em contrapartida, está sendo estudada para inibir a replicação do metapneumovírus humano, que é do mesmo gênero do aviário.
“Essas moléculas de RNA ainda não estão sendo comercializadas, porque representam uma tecnologia nova. Mas já estão em fase experimental e em breve deverão chegar às farmácias para o tratamento de doenças respiratórias em humanos”, disse Lage.
Tropismo viral
Segundo a cientista, as doenças respiratórias virais representam hoje alguns dos principais problemas para a avicultura brasileira, que ocupa o terceiro lugar na produção mundial.
Entre os principais vírus causadores dessas doenças são o da laringotraqueíte infecciosa, o metapneumovírus aviário, o vírus da bronquite infecciosa, a influenza aviária e da doença de Newcastle, que representam as maiores fontes de prejuízos ao setor.
Encontrados em aves silvestres (exceto o vírus da laringotraqueíte infecciosa), as quais normalmente não apresentam os problemas respiratórios causados por eles, esses vírus são propagados pelas aves comerciais e podem exterminar um plantel.
Para combater esses vírus, atualmente os criadores de galinhas e perus utilizam vacinas de origem europeia ou norte-americana. Mas, de acordo com a pesquisadora, é preciso verificar se essas vacinas realmente combatem os vírus de campo “brasileiros”.
“É preciso estudar os limites dos programas de vacinação contra vírus de doenças respiratórias aviárias no Brasil, porque o tropismo viral – propensão que um vírus tem em infectar um determinado tipo de célula ou tecido – pode não ser o mesmo dos vírus combatidos pelas vacinas importadas de empresas multinacionais”, disse.
Além disso, de acordo com Lage, é preciso verificar a eficácia dessas vacinas, que devem ser capazes de inibir tanto a infecção como a excreção viral, para evitar a contaminação dos ambientes de criação, e tentar estabelecer uma correlação da proteção com a resposta sorológica para certificar se as aves estão sendo bem vacinadas.
Fonte: http://agencia.fapesp.br/14570
Comentário:Muito interessante essa noticia por que estuda as vacinas e o dna.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Transmissão de dados orgânica
Dispositivos elétricos e eletrônicos, de uma lâmpada a um tablet, enviam informações por meio de elétrons. Por outro lado, o corpo humano e demais organismos enviam sinais e recebem impulsos para realizar tarefas por meio de íons e prótons.
Um grupo de cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e da Universidade de Waterloo, no Canadá, desenvolveu um transistor que usa prótons no lugar de elétrons, abrindo a possibilidade de fabricação de dispositivos que possam se comunicar diretamente com seres vivos. O estudo será publicado esta semana na revista Nature Communications.
Diversos grupos de pesquisa no mundo estudam o desenvolvimento desse tipo de tecnologia, que poderá ser empregado em próteses ou em sensores biológicos, mas as pesquisas estão voltadas para a comunicação eletrônica, com partículas carregadas negativamente, e não positivamente ou neutras, como prótons e íons.
“O desafio está na interface: como fazer com que um sinal eletrônico seja traduzido em um sinal iônico e vice-versa?”, disse Marco Rolandi, professor de ciência dos materiais e engenharia da Universidade de Washington e primeiro autor do artigo.
“Nós encontramos um biomaterial que é muito bom na condução de prótons e permite o potencial de interagir com sistemas vivos”, afirmou.
No corpo humano, prótons atuam junto a espécies de interruptores – ligando ou desligando-os – que são fundamentais para a transferência biológica de energia. Íons abrem e fecham canais na membrana celular para impulsionar coisas para dentro e para fora das células.
Animais, como o homem, usam íons para, por exemplo, flexionar seus músculos ou na transmissão de sinais cerebrais. Uma máquina que seja compatível com um sistema vivo poderia monitorar tais processos. Em teoria, isso poderia levar à geração de correntes de prótons para controlar diretamente determinadas funções.
Um primeiro passo rumo a esse tipo de controle é o transistor apresentado no novo estudo, capaz de enviar correntes de prótons. O protótipo é um transistor de efeito de campo, um tipo que inclui três terminais – porta, fonte e dreno – para a corrente.
O protótipo é o primeiro desses transistores a usar prótons. Ele é bem mais fino que um fio de cabelo, medindo apenas 5 micrômetros de espessura – 1 micrômetro é a milionésima parte de 1 metro.
O transistor foi feito com o uso de quitosana, polissacarídeo derivado do exoesqueleto de crustáceos. A quitosana absorve água e forma muitas ligações de hidrogênio, permitindo que os prótons pulem de uma ligação para outra.
O protótipo também leva silício, o que o torna incompatível com o uso no corpo humano, mas os pesquisadores pretendem desenvolver versões com outros materiais, que possam ser implantadas sem problemas de rejeição ou dano físico.
Fonte:http://agencia.fapesp.br/14523
Comentário:Muito interessante essa noticia por que podem descobrir mais sobre os organismos ex os crustáceos.
Um grupo de cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e da Universidade de Waterloo, no Canadá, desenvolveu um transistor que usa prótons no lugar de elétrons, abrindo a possibilidade de fabricação de dispositivos que possam se comunicar diretamente com seres vivos. O estudo será publicado esta semana na revista Nature Communications.
Diversos grupos de pesquisa no mundo estudam o desenvolvimento desse tipo de tecnologia, que poderá ser empregado em próteses ou em sensores biológicos, mas as pesquisas estão voltadas para a comunicação eletrônica, com partículas carregadas negativamente, e não positivamente ou neutras, como prótons e íons.
“O desafio está na interface: como fazer com que um sinal eletrônico seja traduzido em um sinal iônico e vice-versa?”, disse Marco Rolandi, professor de ciência dos materiais e engenharia da Universidade de Washington e primeiro autor do artigo.
“Nós encontramos um biomaterial que é muito bom na condução de prótons e permite o potencial de interagir com sistemas vivos”, afirmou.
No corpo humano, prótons atuam junto a espécies de interruptores – ligando ou desligando-os – que são fundamentais para a transferência biológica de energia. Íons abrem e fecham canais na membrana celular para impulsionar coisas para dentro e para fora das células.
Animais, como o homem, usam íons para, por exemplo, flexionar seus músculos ou na transmissão de sinais cerebrais. Uma máquina que seja compatível com um sistema vivo poderia monitorar tais processos. Em teoria, isso poderia levar à geração de correntes de prótons para controlar diretamente determinadas funções.
Um primeiro passo rumo a esse tipo de controle é o transistor apresentado no novo estudo, capaz de enviar correntes de prótons. O protótipo é um transistor de efeito de campo, um tipo que inclui três terminais – porta, fonte e dreno – para a corrente.
O protótipo é o primeiro desses transistores a usar prótons. Ele é bem mais fino que um fio de cabelo, medindo apenas 5 micrômetros de espessura – 1 micrômetro é a milionésima parte de 1 metro.
O transistor foi feito com o uso de quitosana, polissacarídeo derivado do exoesqueleto de crustáceos. A quitosana absorve água e forma muitas ligações de hidrogênio, permitindo que os prótons pulem de uma ligação para outra.
O protótipo também leva silício, o que o torna incompatível com o uso no corpo humano, mas os pesquisadores pretendem desenvolver versões com outros materiais, que possam ser implantadas sem problemas de rejeição ou dano físico.
Fonte:http://agencia.fapesp.br/14523
Comentário:Muito interessante essa noticia por que podem descobrir mais sobre os organismos ex os crustáceos.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Marcador para a metástase
O aparecimento de metástases tem contribuição fundamental do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF-A, na sigla em inglês) produzido por células do estroma positivas para o marcador S100A4, de acordo com um novo estudo feito por brasileiros e norte-americanos. O estroma é o tecido conectivo que dá sustentação às células funcionais dos órgãos.
De acordo com os autores, o estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences poderá ter impacto clínico importante, já que pacientes positivos para o marcador S100A4 nas células – em tese mais propensos à metástase – poderão ser identificados e se beneficiar de drogas anti-VEGF existentes.
O trabalho teve a participação de Ricardo Renzo Brentani e de Rafael Malagoli Rocha, ambos do Departamento de Oncologia do Hospital A.C. Camargo – Brentani é diretor-presidente da FAPESP. Os outros autores são de instituições norte-americanas: da Escola de Medicina de Harvard, do Departamento de Patologia do Hospital Rhode Island, da Universidade Vanderbilt, em Nashville, e da Divisão de Ciências e Tecnologia da Saúde Harvard–Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
O VEGF-A promove a angiogênese – o crescimento de novos vasos sanguíneos – na região tumoral. Esses vasos alimentam o tumor e ao mesmo tempo propiciam e facilitam o aparecimento da metástase.
“Verificamos que existe o aparecimento do VEGF-A em células do estroma – que basicamente são fibroblastos – que compõem a matriz extracelular. Por isso, elas têm um papel central na colonização metastática. Mas o mais importante é que os fibroblastos responsáveis pela produção do VEGF-A podem ser positivos para o marcador S100A4”, disse Rocha à Agência FAPESP.
Segundo ele, existem drogas que bloqueiam a ação do VEGF, como o Bevacizumab, que obteve sucesso no tratamento de pacientes com doenças metastáticas, aumentando a sobrevida. “Imaginamos que os pacientes com S100A4 no estroma podem se beneficiar com essas terapias anti-VEGF”, afirmou.
Rocha e Brentani estabeleceram uma parceria com o grupo liderado por Radhu Kalluri, do Centro Médico Beth Israel Deaconess, hospital universitário da Faculdade de Medicina de Harvard. O estudo publicado na PNAS é resultado dessa cooperação.
A parte experimental da pesquisa foi realizada em Harvard, em dois grupos de camundongos: um grupo de animais transgênicos que não expressam a proteína S100A4 e um grupo de controle capaz de expressá-la. “Com isso, conseguimos observar as diferenças entre os dois grupos quanto à produção de VGEF e quanto ao aparecimento de vasos e metástases”, disse Rocha.
No Laboratório de Anatomia Patológica do Hospital A.C. Camargo, os cientistas fizeram a parte molecular in situ do estudo, realizando testes imunohistoquímicos para identificar a quantidade da proteína S100A4 expressa nos fibroblastos estromais.
“A partir daí conseguíamos prever quais pacientes produziriam mais vasos e estariam mais suscetíveis à metástase, caso não fossem tratados”, afirmou o cientista.
Fonte: http://agencia.fapesp.br/14498
Comentário:Muito interessante essa notícia por que podem descobrir mais coisas sobre biologia.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Gestão ambiental
Aproximar o leitor do processo de gestão de uma Unidade de Conservação abordando os pilares da sustentabilidade –ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito – é a proposta do livro Sustentabilidade, Qualidade de Vida e Identidade Local – Olhares sobre as APAs Cantareira, SP, e Fernão Dias, MG.
Organizado pelos professores João Luiz de Moraes Hoeffel e Almerinda Antonia Barbosa Fadini, do Centro de Estudos Ambientais da Universidade São Francisco (CEA-USF), em Bragança Paulista, e Sônia Regina da Cal Seixas, do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais da Universidade Estadual de Campinas (NEPAM-Unicamp), o livro contou com apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações.
A obra, que expõe análises sobre questões socioambientais regionais, teve origem a partir de um simpósio realizado em 2008 com o objetivo de discutir a Área de Proteção Ambiental (APA) como uma Unidade de Conservação de uso sustentável e as estratégias de gestão e planejamento adotadas.
“O livro reúne os resultados gerais de seis projetos de pesquisa, sob a coordenação e colaboração dos três organizadores, desenvolvidos ao longo de aproximadamente dez anos”, disse Hoeffel à Agência FAPESP.
Destinado a profissionais e gestores das áreas de planejamento, educação ambiental e conservação de recursos naturais, assim como professores e alunos de graduação e pós-graduação interessados no tema, o livro buscou identificar os problemas socioambientais que ocorrem nas APAs do Sistema Cantareira (São Paulo) – que abrange os rios Piracicaba e Juqueri-Mirim – e Fernão Dias (Minas Gerais) e como têm sido enfrentados por seus moradores.
São dez capítulos, sendo os três primeiros voltados à reflexão dos estudos de caracterização do território das APAs do Sistema Cantareira e Fernão Dias. Os demais tratam da cultura e tradição locais, gestão compartilhada e participativa, uso e ocupação do solo e a apresentação de iniciativas e perspectivas sobre a qualidade de vida, transformações sociais e ambientais decorrentes do turismo.
Entre os fatores preocupantes apontados por Hoeffel estão a expansão urbana em torno das APAs, seus impactos na qualidade e quantidade de água e os remanescentes de vegetação da região, o aumento da atividade turística e a participação insipiente da população local nas políticas de conservação dos recursos naturais e hídricos.
“A falta de conhecimento pela população é grande não apenas com relação às características ambientais regionais, mas também sobre o enquadramento dessas áreas de proteção ambiental em uma Unidade de Conservação”, ressaltou. "Há ainda a questão da industrialização. Dependendo de como esse processo ocorre, também poderá gerar uma alteração ambiental."
Com a publicação, os autores esperam apoiar políticas públicas voltadas à ocupação mais atenta às peculiaridades das duas APAs, além de contribuir para a sustentabilidade local.
Fonte:http://agencia.fapesp.br/14481
Comentário:Muito interessante essa noticía por que podem descobrir mais sobre o meio ambiente.
Organizado pelos professores João Luiz de Moraes Hoeffel e Almerinda Antonia Barbosa Fadini, do Centro de Estudos Ambientais da Universidade São Francisco (CEA-USF), em Bragança Paulista, e Sônia Regina da Cal Seixas, do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais da Universidade Estadual de Campinas (NEPAM-Unicamp), o livro contou com apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações.
A obra, que expõe análises sobre questões socioambientais regionais, teve origem a partir de um simpósio realizado em 2008 com o objetivo de discutir a Área de Proteção Ambiental (APA) como uma Unidade de Conservação de uso sustentável e as estratégias de gestão e planejamento adotadas.
“O livro reúne os resultados gerais de seis projetos de pesquisa, sob a coordenação e colaboração dos três organizadores, desenvolvidos ao longo de aproximadamente dez anos”, disse Hoeffel à Agência FAPESP.
Destinado a profissionais e gestores das áreas de planejamento, educação ambiental e conservação de recursos naturais, assim como professores e alunos de graduação e pós-graduação interessados no tema, o livro buscou identificar os problemas socioambientais que ocorrem nas APAs do Sistema Cantareira (São Paulo) – que abrange os rios Piracicaba e Juqueri-Mirim – e Fernão Dias (Minas Gerais) e como têm sido enfrentados por seus moradores.
São dez capítulos, sendo os três primeiros voltados à reflexão dos estudos de caracterização do território das APAs do Sistema Cantareira e Fernão Dias. Os demais tratam da cultura e tradição locais, gestão compartilhada e participativa, uso e ocupação do solo e a apresentação de iniciativas e perspectivas sobre a qualidade de vida, transformações sociais e ambientais decorrentes do turismo.
Entre os fatores preocupantes apontados por Hoeffel estão a expansão urbana em torno das APAs, seus impactos na qualidade e quantidade de água e os remanescentes de vegetação da região, o aumento da atividade turística e a participação insipiente da população local nas políticas de conservação dos recursos naturais e hídricos.
“A falta de conhecimento pela população é grande não apenas com relação às características ambientais regionais, mas também sobre o enquadramento dessas áreas de proteção ambiental em uma Unidade de Conservação”, ressaltou. "Há ainda a questão da industrialização. Dependendo de como esse processo ocorre, também poderá gerar uma alteração ambiental."
Com a publicação, os autores esperam apoiar políticas públicas voltadas à ocupação mais atenta às peculiaridades das duas APAs, além de contribuir para a sustentabilidade local.
Fonte:http://agencia.fapesp.br/14481
Comentário:Muito interessante essa noticía por que podem descobrir mais sobre o meio ambiente.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Transformar gordura ruim em boa
Um grupo de cientistas identificou um mecanismo biológico que transforma gordura branca em marrom. A novidade publicada na edição de setembro da revista Cell Metabolism poderá auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias para tratar a obesidade.
O homem tem dois tipos de tecido adiposo: o marrom, ligado à regulação da temperatura e abundante em recém-nascidos; e o branco, cuja função é acumular energia no corpo e está mais presente em adultos. A gordura branca está associada à obesidade e falta de exercícios. É a gordura indesejada e que muitos querem se livrar do excesso.
O novo estudo, feito em modelo animal por cientistas do Centro Médico da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, demonstrou que a transformação da gordura ruim em boa é possível devido à ativação de uma enervação e de um caminho bioquímico que começa no hipotálamo (área cerebral envolvida no balanço energético) e que termina nas células adiposas brancas.
A transformação das gorduras foi observada quando os animais foram colocados em um ambiente mais rico, com maior variedade de características e desafios físicos e sociais.
Camundongos foram colocados em recipientes contendo rodas de girar, túneis, cabanas, brinquedos e diversos outros elementos, somados a alimento e água em quantidades abundantes. Um grupo controle também foi exposto a água e alimento sem limites, mas em ambiente sem dispositivos para que pudessem se exercitar.
Segundo os cientistas, a maior transformação de gordura branca e marrom foi associada a um ambiente fisicamente estimulante, mais do que à quantidade de alimentos ingerida.
“Os resultados do estudo sugerem o potencial de induzir a transformação de gordura branca em gordura marrom por meio da modificação do nosso estilo de vida ou pela ativação farmacológica desse caminho bioquímico”, disse Matthew During, professor de neurociência e um dos autores do estudo.
Fonte:http://agencia.fapesp.br/14453
Comentário:Muito interessante essa noticía porque pode ajudar muito os seres humanos.
O homem tem dois tipos de tecido adiposo: o marrom, ligado à regulação da temperatura e abundante em recém-nascidos; e o branco, cuja função é acumular energia no corpo e está mais presente em adultos. A gordura branca está associada à obesidade e falta de exercícios. É a gordura indesejada e que muitos querem se livrar do excesso.
O novo estudo, feito em modelo animal por cientistas do Centro Médico da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, demonstrou que a transformação da gordura ruim em boa é possível devido à ativação de uma enervação e de um caminho bioquímico que começa no hipotálamo (área cerebral envolvida no balanço energético) e que termina nas células adiposas brancas.
A transformação das gorduras foi observada quando os animais foram colocados em um ambiente mais rico, com maior variedade de características e desafios físicos e sociais.
Camundongos foram colocados em recipientes contendo rodas de girar, túneis, cabanas, brinquedos e diversos outros elementos, somados a alimento e água em quantidades abundantes. Um grupo controle também foi exposto a água e alimento sem limites, mas em ambiente sem dispositivos para que pudessem se exercitar.
Segundo os cientistas, a maior transformação de gordura branca e marrom foi associada a um ambiente fisicamente estimulante, mais do que à quantidade de alimentos ingerida.
“Os resultados do estudo sugerem o potencial de induzir a transformação de gordura branca em gordura marrom por meio da modificação do nosso estilo de vida ou pela ativação farmacológica desse caminho bioquímico”, disse Matthew During, professor de neurociência e um dos autores do estudo.
Fonte:http://agencia.fapesp.br/14453
Comentário:Muito interessante essa noticía porque pode ajudar muito os seres humanos.
sábado, 3 de setembro de 2011
Dia 3 de Setembro - Dia Do Biólogo
Dia 3 de Setembro comemora-se o dia do Biólogo. Este profissional que é um cientista da área da Biologia. Desenvolve seus estudos por meio do Método Científico. Trabalha em laboratórios de pesquisa, laboratórios de rotina como os de biologia clínica, campos abertos como savanas, florestas e todo lugar onde há vida para ser estudada.
A crescente preocupação com a promoção da saúde e da qualidade de vida amplia as perspectivas de trabalho para o biólogo. O mercado está em plena expansão devido à carência de profissionais dessa área, aliada à degradação ambiental crescente. A área de atuação é ampla para o biólogo,que trabalha com Ecoturismo, Gestão ambiental, Jardinagem e Paisagismo, Recuperação / restauração de ambientes degradados, entre outras.
Para a bióloga piauiense, Thaise Nunes,que está atuando no Maranhão, "ser biólogo é antes de tudo, dedicar sua vida pela vida, é amar a profissão e enfretar todos os obstáculos e adversidades. Os biólogos têm uma grande missão hoje em dia, manter viva a biodiversiversidade que se não atentarmos com total dedicação pode ser que percamos uma grande parte de nós mesmo. O “ser” biólogo é a própria vida", concluiu.
No Brasil, o exercício da profissão exige dupla habilitação: a técnico-científica e a legal. A habilitação técnico-científica é expressa através da comprovação da capacidade intelectual do indivíduo, pela posse do diploma fornecido pela autoridade educacional e pelo currículo efetivamente realizado. A habilitação legal cumpre-se com o registro profissional no órgão competente para a fiscalização de seu exercício; no caso dos biólogos, o Conselho Regional de Biologia de sua jurisdição.
A profissão de Biólogo foi regulamentada no Brasil pela Lei número 6.684 de 3 de setembro de 1979. Devido à profissão ter sido regulamentada na mesma data.
Fonte:http://www.tvecorural.com/noticia/5575-dia-do-biologo---3-de-setembro.html
Comentário:Um dia bem especial para os biólogos que descobrem sobre a vida do nosso país.
A crescente preocupação com a promoção da saúde e da qualidade de vida amplia as perspectivas de trabalho para o biólogo. O mercado está em plena expansão devido à carência de profissionais dessa área, aliada à degradação ambiental crescente. A área de atuação é ampla para o biólogo,que trabalha com Ecoturismo, Gestão ambiental, Jardinagem e Paisagismo, Recuperação / restauração de ambientes degradados, entre outras.
Para a bióloga piauiense, Thaise Nunes,que está atuando no Maranhão, "ser biólogo é antes de tudo, dedicar sua vida pela vida, é amar a profissão e enfretar todos os obstáculos e adversidades. Os biólogos têm uma grande missão hoje em dia, manter viva a biodiversiversidade que se não atentarmos com total dedicação pode ser que percamos uma grande parte de nós mesmo. O “ser” biólogo é a própria vida", concluiu.
No Brasil, o exercício da profissão exige dupla habilitação: a técnico-científica e a legal. A habilitação técnico-científica é expressa através da comprovação da capacidade intelectual do indivíduo, pela posse do diploma fornecido pela autoridade educacional e pelo currículo efetivamente realizado. A habilitação legal cumpre-se com o registro profissional no órgão competente para a fiscalização de seu exercício; no caso dos biólogos, o Conselho Regional de Biologia de sua jurisdição.
A profissão de Biólogo foi regulamentada no Brasil pela Lei número 6.684 de 3 de setembro de 1979. Devido à profissão ter sido regulamentada na mesma data.
Fonte:http://www.tvecorural.com/noticia/5575-dia-do-biologo---3-de-setembro.html
Comentário:Um dia bem especial para os biólogos que descobrem sobre a vida do nosso país.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Avanço negligenciado
Uma série de projetos de pesquisa iniciada em 1994, com apoio da FAPESP, tem conseguido avanços importantes na vacinação contra a doença de Chagas, culminando com a cura inédita de camundongos altamente suscetíveis por meio de uma tecnologia de vacina de DNA.
No entanto, de acordo com o coordenador dos projetos Maurício Martins Rodrigues, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ainda não há perspectiva para a realização de testes clínicos, devido à falta de interesse da indústria. A doença de Chagas é considerada uma doença negligenciada.
O protocolo de vacinação utilizado envolve a indução de células T do tipo CD8 contra um antígeno do Trypanosoma cruzi: uma proteína da superfície do amastigoto, que é o parasita em seu estágio intracelular. As células T são glóbulos brancos envolvidos com a resposta imune a tumores e agentes infecciosos.
Rodrigues apresentou o modelo nesta quinta-feira (25/08), durante a 26ª Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), no Rio de Janeiro.
Segundo Rodrigues, os projetos de pesquisa têm gerado inúmeros trabalhos, teses, reagentes e patentes, que são importantes para o possível desenvolvimento para uma vacina contra a doença de Chagas. O problema é que, por ser uma doença negligenciada, não tem havido interesse explícito de nenhuma companhia em gerar um produto a partir daí.
“A atual situação é que geramos todos os vetores, as proteínas recombinantes de resultados experimentais em animais, obtivemos as patentes e precisávamos agora de algum tipo de contato com empresas interessadas em produzir esse tipo de vacina. Nessa fase da pesquisa, esse interesse já teria se manifestado se não se tratasse de doença de Chagas”, disse à Agência FAPESP.
Rodrigues compara a situação dos projetos sobre doença de Chagas com seus próprios projetos que utilizam os mesmos modelos para estudar a malária. Ele coordena atualmente o Projeto Temático "Geração e análise da imunogenicidade de proteínas recombinantes baseadas nas diferentes formad do antígeno circumsporozoíta de Plasmodium vivax visando o desenvolvimento de uma vacina universal contra a malária", financiado pela FAPESP.
“Na área de vacinação contra a malária trabalhamos com a mesma estratégia, só que utilizamos uma proteína recombinante, em vez de DNA plasmodial. Nesse projeto, conseguimos uma patente internacional de alto nível para a vacina e estamos o tempo todo recebendo contatos de empresas com interesse em desenvolver algum tipo de produto. Isso jamais ocorreu com o projeto sobre a doença de Chagas”, disse.
A produção de conhecimento sobre o tema da doença de Chagas, no entanto, é de extrema importância, ainda que a indústria não se interesse, segundo Rodrigues. “Tudo o que fazemos em doença de Chagas é absolutamente aplicável a outras doenças, inclusive malária, tuberculose ou o HIV”, afirmou.
De acordo com Rodrigues, os protocolos utilizados mostraram extrema eficiência. Segundo ele, ao ter contato com o Trypanosoma cruzi, o indivíduo infectado desenvolve parasitemia, que caracteriza a fase aguda da doença. À medida que os anticorpos começam a agir, a parasitemia diminui e a doença entra na fase crônica, que pode durar pelo resto da vida, em um equilíbrio que mantém vivos parasita e hospedeiro.
“Entretanto, alguns camundongos são altamente suscetíveis e não têm essa diminuição da parasitemia, morrendo ainda na fase aguda da doença. O protocolo que utilizamos induziu a uma imunidade de longa duração e conseguiu, pela primeira vez, curar esse tipo de animal da doença de Chagas”, explicou.
No entanto, de acordo com o coordenador dos projetos Maurício Martins Rodrigues, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ainda não há perspectiva para a realização de testes clínicos, devido à falta de interesse da indústria. A doença de Chagas é considerada uma doença negligenciada.
O protocolo de vacinação utilizado envolve a indução de células T do tipo CD8 contra um antígeno do Trypanosoma cruzi: uma proteína da superfície do amastigoto, que é o parasita em seu estágio intracelular. As células T são glóbulos brancos envolvidos com a resposta imune a tumores e agentes infecciosos.
Rodrigues apresentou o modelo nesta quinta-feira (25/08), durante a 26ª Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), no Rio de Janeiro.
Segundo Rodrigues, os projetos de pesquisa têm gerado inúmeros trabalhos, teses, reagentes e patentes, que são importantes para o possível desenvolvimento para uma vacina contra a doença de Chagas. O problema é que, por ser uma doença negligenciada, não tem havido interesse explícito de nenhuma companhia em gerar um produto a partir daí.
“A atual situação é que geramos todos os vetores, as proteínas recombinantes de resultados experimentais em animais, obtivemos as patentes e precisávamos agora de algum tipo de contato com empresas interessadas em produzir esse tipo de vacina. Nessa fase da pesquisa, esse interesse já teria se manifestado se não se tratasse de doença de Chagas”, disse à Agência FAPESP.
Rodrigues compara a situação dos projetos sobre doença de Chagas com seus próprios projetos que utilizam os mesmos modelos para estudar a malária. Ele coordena atualmente o Projeto Temático "Geração e análise da imunogenicidade de proteínas recombinantes baseadas nas diferentes formad do antígeno circumsporozoíta de Plasmodium vivax visando o desenvolvimento de uma vacina universal contra a malária", financiado pela FAPESP.
“Na área de vacinação contra a malária trabalhamos com a mesma estratégia, só que utilizamos uma proteína recombinante, em vez de DNA plasmodial. Nesse projeto, conseguimos uma patente internacional de alto nível para a vacina e estamos o tempo todo recebendo contatos de empresas com interesse em desenvolver algum tipo de produto. Isso jamais ocorreu com o projeto sobre a doença de Chagas”, disse.
A produção de conhecimento sobre o tema da doença de Chagas, no entanto, é de extrema importância, ainda que a indústria não se interesse, segundo Rodrigues. “Tudo o que fazemos em doença de Chagas é absolutamente aplicável a outras doenças, inclusive malária, tuberculose ou o HIV”, afirmou.
De acordo com Rodrigues, os protocolos utilizados mostraram extrema eficiência. Segundo ele, ao ter contato com o Trypanosoma cruzi, o indivíduo infectado desenvolve parasitemia, que caracteriza a fase aguda da doença. À medida que os anticorpos começam a agir, a parasitemia diminui e a doença entra na fase crônica, que pode durar pelo resto da vida, em um equilíbrio que mantém vivos parasita e hospedeiro.
“Entretanto, alguns camundongos são altamente suscetíveis e não têm essa diminuição da parasitemia, morrendo ainda na fase aguda da doença. O protocolo que utilizamos induziu a uma imunidade de longa duração e conseguiu, pela primeira vez, curar esse tipo de animal da doença de Chagas”, explicou.
Comentário:Muito interessante essa noticia pois eles precisam mesmo descobrir mais curas para doenças como Aids.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Cientistas descobrem como o óvulo capta o esperma
Estudo pode explicar causas de infertilidade e determinar novos contraceptivos
Cientistas da Universidade de Missouri, da Universidade de Hong Kong, da Academia Sinica em Taiwan e do Imperial College de Londres, descobriram exatamente como um óvulo humano capta um espermatozóide para iniciar o processo de fertilização, revela um novo estudo publicado na revista Science.
A investigação identificou a molécula de açúcar que torna o revestimento exterior do óvulo 'pegajoso', algo vital para permitir que o esperma e o óvulo se unam. Com esta descoberta, os cientistas acreditam que isto poderá resolver algumas das causas previamente inexplicadas de infertilidade humana. Também poderá fornecer um novo alvo para o desenvolvimento de agentes naturais de contracepção.
A equipe internacional descobriu que a cadeia de açúcar conhecida como a sequência sialil-lewis-x (SLeX) é abundante na superfície do óvulo humano. Depois de realizarem experiências com uma variedade de açúcares sintetizados no laboratório, os investigadores demonstraram que a SLeX liga especificamente o esperma a um óvulo e testaram a descoberta através do revestimento exterior de óvulos humanos ‘não-vivos’ e não fertilizados.
“Esta investigação fornece as primeiras pistas dos eventos moleculares que ocorrem no início da vida humana. Os detalhes que descobrimos preenchem uma grande lacuna no nosso conhecimento da fertilidade e esperamos que ajude muitas das pessoas que atualmente não conseguem engravidar”, afirmou Anne Dell, do Departamento de Ciências da Vida do Imperial College de Londres.
“Esclarecer a composição da camada de açúcar que envolve o óvulo humano é o culminar de muitos anos de pesquisa empenhada pelos colegas de espectrometria de massa do Imperial College de Londres. Este esforço foi uma tarefa difícil pois os óvulos humanos são muito pequenos e não tínhamos muito material para trabalhar”, acrescentou a líder da equipe que descobriu os açúcares SLeX na superfície do ovo.
Agentes de contracepção
O autor principal do estudo, Poh-Choo Pang, também do Departamento de Ciências da Vida do Imperial College de Londres, referiu: “Esperamos que nosso estudo abra novas possibilidades para a compreensão e resolução dos problemas de fertilidade que muitos casais enfrentam. Embora os tratamentos clínicos sejam ainda uma alternativa, estamos muito animados com a nova investigação em fertilidade que esperamos que agora seja possível com base no nosso trabalho”.
“Definindo como os espermatozóides inicialmente reconhecem e, em seguida, penetram o revestimento de açúcar do óvulo é importante para a criação de agentes naturais de contracepção e para desvendar as causas da infertilidade humana previamente inexplicáveis ”, referiu o professor associado Gary Clark, da Universidade de Missouri.
Os investigadores estão agora interessados em utilizar os resultados deste estudo para investigar as proteínas na cabeça de um espermatozóide que lhe permitem reconhecer um óvulo.
Cientistas da Universidade de Missouri, da Universidade de Hong Kong, da Academia Sinica em Taiwan e do Imperial College de Londres, descobriram exatamente como um óvulo humano capta um espermatozóide para iniciar o processo de fertilização, revela um novo estudo publicado na revista Science.
A investigação identificou a molécula de açúcar que torna o revestimento exterior do óvulo 'pegajoso', algo vital para permitir que o esperma e o óvulo se unam. Com esta descoberta, os cientistas acreditam que isto poderá resolver algumas das causas previamente inexplicadas de infertilidade humana. Também poderá fornecer um novo alvo para o desenvolvimento de agentes naturais de contracepção.
A equipe internacional descobriu que a cadeia de açúcar conhecida como a sequência sialil-lewis-x (SLeX) é abundante na superfície do óvulo humano. Depois de realizarem experiências com uma variedade de açúcares sintetizados no laboratório, os investigadores demonstraram que a SLeX liga especificamente o esperma a um óvulo e testaram a descoberta através do revestimento exterior de óvulos humanos ‘não-vivos’ e não fertilizados.
“Esta investigação fornece as primeiras pistas dos eventos moleculares que ocorrem no início da vida humana. Os detalhes que descobrimos preenchem uma grande lacuna no nosso conhecimento da fertilidade e esperamos que ajude muitas das pessoas que atualmente não conseguem engravidar”, afirmou Anne Dell, do Departamento de Ciências da Vida do Imperial College de Londres.
“Esclarecer a composição da camada de açúcar que envolve o óvulo humano é o culminar de muitos anos de pesquisa empenhada pelos colegas de espectrometria de massa do Imperial College de Londres. Este esforço foi uma tarefa difícil pois os óvulos humanos são muito pequenos e não tínhamos muito material para trabalhar”, acrescentou a líder da equipe que descobriu os açúcares SLeX na superfície do ovo.
Agentes de contracepção
O autor principal do estudo, Poh-Choo Pang, também do Departamento de Ciências da Vida do Imperial College de Londres, referiu: “Esperamos que nosso estudo abra novas possibilidades para a compreensão e resolução dos problemas de fertilidade que muitos casais enfrentam. Embora os tratamentos clínicos sejam ainda uma alternativa, estamos muito animados com a nova investigação em fertilidade que esperamos que agora seja possível com base no nosso trabalho”.
“Definindo como os espermatozóides inicialmente reconhecem e, em seguida, penetram o revestimento de açúcar do óvulo é importante para a criação de agentes naturais de contracepção e para desvendar as causas da infertilidade humana previamente inexplicáveis ”, referiu o professor associado Gary Clark, da Universidade de Missouri.
Os investigadores estão agora interessados em utilizar os resultados deste estudo para investigar as proteínas na cabeça de um espermatozóide que lhe permitem reconhecer um óvulo.
Comentário:Muito interessante essa noticia pois agora podem estudar melhor a geração de um filho.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Matemática animal: Hienas conseguem contar até três
Animais analisam vantagens e desvantagens quando são ameaçados
As hienas conseguem "contar" até três quando se sentem ameaçadas segundo afirma um artigo publicado na «Animal Behaviour». De acordo com uma equipe de investigação da Universidade de Michigan, em East Lansing (EUA), os animais da espécie Crocuta crocuta dão diferentes respostas quando estão na presença de um, dois ou três indivíduos desconhecidos.
Esta conclusão aumenta a lista de capacidades cognitivas que as hienas partilham com os primatas, para além de suportar teorias como a dos jogos, ou seja, como alguns indivíduos analisam o número de oponentes, antes de se envolverem em interações agressivas. Isso poderia ser entendido por evolucionistas como uma vantagem seletiva, especialmente em ambientes selvagens.
Os cientistas norte-americanos avaliaram a reação de hienas na Reserva Nacional Masai Mara, no Quénia, e analisaram gravações com animais da mesma espécie de outros clãs da Tanzânia, Malawi e Senegal. As hienas são conhecidas pelo seu famoso 'riso', som estridente que emitem quando estão em grupo e já um estudo anterior revelou que riem de forma diferente dependendo da sua posição dentro do grupo. Quase todos os 39 animais (a maioria composta por fêmeas) submetidos ao teste mostraram níveis de vigilância maiores quando gravações de mais de um animal eram emitidas .
Para alguns cientistas, o comportamento das hienas — em grupos hierárquicos organizados com até noventa indivíduos — poderia explicar como os primatas desenvolveram aptidões e até mesmo o nível de inteligência para manter o controle em conflitos sociais, por viverem em grandes grupos. Alguns macacos podem contar até sete.
As hienas vivem em clãs de até quarenta animais. Costumam caçar presas, tal como os lobos e raramente atacam em emboscada.
As hienas conseguem "contar" até três quando se sentem ameaçadas segundo afirma um artigo publicado na «Animal Behaviour». De acordo com uma equipe de investigação da Universidade de Michigan, em East Lansing (EUA), os animais da espécie Crocuta crocuta dão diferentes respostas quando estão na presença de um, dois ou três indivíduos desconhecidos.
Esta conclusão aumenta a lista de capacidades cognitivas que as hienas partilham com os primatas, para além de suportar teorias como a dos jogos, ou seja, como alguns indivíduos analisam o número de oponentes, antes de se envolverem em interações agressivas. Isso poderia ser entendido por evolucionistas como uma vantagem seletiva, especialmente em ambientes selvagens.
Os cientistas norte-americanos avaliaram a reação de hienas na Reserva Nacional Masai Mara, no Quénia, e analisaram gravações com animais da mesma espécie de outros clãs da Tanzânia, Malawi e Senegal. As hienas são conhecidas pelo seu famoso 'riso', som estridente que emitem quando estão em grupo e já um estudo anterior revelou que riem de forma diferente dependendo da sua posição dentro do grupo. Quase todos os 39 animais (a maioria composta por fêmeas) submetidos ao teste mostraram níveis de vigilância maiores quando gravações de mais de um animal eram emitidas .
Para alguns cientistas, o comportamento das hienas — em grupos hierárquicos organizados com até noventa indivíduos — poderia explicar como os primatas desenvolveram aptidões e até mesmo o nível de inteligência para manter o controle em conflitos sociais, por viverem em grandes grupos. Alguns macacos podem contar até sete.
As hienas vivem em clãs de até quarenta animais. Costumam caçar presas, tal como os lobos e raramente atacam em emboscada.
Comentário:Muito interessante essa noticia por que prova que alguns animais podem raciocinar.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Sistemática filogenética em debate
30º Willi Hennig Meeting, organizado por professores e alunos de Biologia do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São José do Rio Preto, reuniu cerca de 200 pesquisadores, dos quais 65 estrangeiros, de 29 de julho a 2 de agosto.
“Foi perfeito. O Brasil é um dos países com mais contribuição na área”, disse John Wenzel, professor no Carnegie Museum de Pittsburgh, Estados Unidos, sobre o evento que reuniu pesquisadores e estudantes para trocar conhecimento quanto às hipóteses das relações evolutivas dos diversos grupos de organismos, alvo de estudos da sistemática filogenética.
O encontro foi coordenado pelos professores Fernando Noll, do Ibilce, e Dalton de Souza Amorim, da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, que teve apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa - Organização de Reunião Científica e/ou Tecnológica.
Pela segunda vez em 30 anos o Brasil foi escolhido para receber um dos eventos mais importantes na área de Sistemática Filogenética – a primeira foi em 1998 na USP em São Paulo.
O encontro teve recorde de público, recebendo participantes da Europa, Japão, Estados Unidos e de vários países da América Latina. “Foi uma grande oportunidade de investimento qualificado na formação de novas gerações de pesquisadores em um setor de ciência no qual o Brasil já tem um grande destaque”, disse Noll.
Amorim destacou que o Brasil já ultrapassou os Estados Unidos em número de autores na revista mais importante da área de zoologia, a Zootaxa. “Proporcionalmente ao PIB, o Brasil é um dos países que mais investem em pesquisas de biodiversidade. Exemplo disso é o Programa BIOTA-FAPESP”, disse.
Amorim explica que a sistemática filogenética vai muito além da taxonomia, que dá nome aos organismos, uma vez que mostra a relação entre as espécies sob o ponto de vista evolutivo.
“Essas constatações são capazes de gerar aplicações muito importantes tanto na área médica, ao entendermos a evolução dos vírus, como na de biotecnologia, especialmente no que diz respeito ao conhecimento sobre fungos e bactérias”, disse.
Amorim acrescenta que conhecer a biodiversidade permite também que se defina o melhor lugar para a instalação de reservas biológicas.
Para Wenzel, o principal desafio da área é ver quais dos muitos dados obtidos nas pesquisas são úteis e, depois, saber processá-los para aplicar nas mais diversas áreas. “Para isso, esta reunião entre tantos pesquisadores é de grande contribuição”, disse.
Fonte: http://agencia.fapesp.br/14307
Comentário:Muito interessante essa noticia por que precisamos mesmo debater a genética.
“Foi perfeito. O Brasil é um dos países com mais contribuição na área”, disse John Wenzel, professor no Carnegie Museum de Pittsburgh, Estados Unidos, sobre o evento que reuniu pesquisadores e estudantes para trocar conhecimento quanto às hipóteses das relações evolutivas dos diversos grupos de organismos, alvo de estudos da sistemática filogenética.
O encontro foi coordenado pelos professores Fernando Noll, do Ibilce, e Dalton de Souza Amorim, da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, que teve apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa - Organização de Reunião Científica e/ou Tecnológica.
Pela segunda vez em 30 anos o Brasil foi escolhido para receber um dos eventos mais importantes na área de Sistemática Filogenética – a primeira foi em 1998 na USP em São Paulo.
O encontro teve recorde de público, recebendo participantes da Europa, Japão, Estados Unidos e de vários países da América Latina. “Foi uma grande oportunidade de investimento qualificado na formação de novas gerações de pesquisadores em um setor de ciência no qual o Brasil já tem um grande destaque”, disse Noll.
Amorim destacou que o Brasil já ultrapassou os Estados Unidos em número de autores na revista mais importante da área de zoologia, a Zootaxa. “Proporcionalmente ao PIB, o Brasil é um dos países que mais investem em pesquisas de biodiversidade. Exemplo disso é o Programa BIOTA-FAPESP”, disse.
Amorim explica que a sistemática filogenética vai muito além da taxonomia, que dá nome aos organismos, uma vez que mostra a relação entre as espécies sob o ponto de vista evolutivo.
“Essas constatações são capazes de gerar aplicações muito importantes tanto na área médica, ao entendermos a evolução dos vírus, como na de biotecnologia, especialmente no que diz respeito ao conhecimento sobre fungos e bactérias”, disse.
Amorim acrescenta que conhecer a biodiversidade permite também que se defina o melhor lugar para a instalação de reservas biológicas.
Para Wenzel, o principal desafio da área é ver quais dos muitos dados obtidos nas pesquisas são úteis e, depois, saber processá-los para aplicar nas mais diversas áreas. “Para isso, esta reunião entre tantos pesquisadores é de grande contribuição”, disse.
Fonte: http://agencia.fapesp.br/14307
Comentário:Muito interessante essa noticia por que precisamos mesmo debater a genética.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Golfinho da Guiana tem sexto sentido
A electro-recepção permite capacidade cartográfica a mamíferos
A electro-recepção permite ao golfinho detectar pequenos campos eléctricos emitidos pelas suas potenciais presas, segundo revelou um estudo alemão levado a cabo sobre um espécime em cativeiro. O estudo foi recentemente publicado na Proceedings of the Royal Society B.
Já se conheciam os cinco sentidos deste mamífero: a vista, o toque, a audição, o paladar e a ecolocalização (capacidade biológica de detectar a posição e/ou distância de objetos), em substituição do olfato. Esta última característica permite-lhe, tal como aos morcegos, servir-se do eco do seu grito utrassónico para cartografar o seu meio envolvente.
O sistema nervoso olfativo destes animais desapareceu, mas uma equipe de investigadores alemães acabou de mostrar que o golfinho da Guiana francesa dispõe de um sexto sentido – a electro-recepção –, dotando-o de capacidade de conseguir captar objetos que libertam um campo eléctrico, tal como a grande parte dos seres vivos.
Quando um dos dois golfinhos da Guiana do Dolphinarium de Münster morreu, os biólogos procederam à sua autopsia e decidiram depara-se nas suas “criptas vibrissais”, uma espécie de bigode à volto do nariz. Enquanto dissecavam o animal, não encontraram nenhum pêlo debaixo da pele, mas uma espécie de muco semelhante ao dos ornitorrincos. Esta substância confere aos mamíferos ovovíparos um sistema de electro-recepção bastante desenvolvido.
A equipe do Dolphinarium d'Allwetterzoo Münster seguiu a pista e, após uma série de testes efetuados, tentaram perceber se o Paco (o segundo espécime ainda vivo) conseguia detectar pequenos campos eléctricos. A experiência foi bem-sucedida, mas quando decidiram isolar parcialmente a cabeça do animal, perceberam que a sensibilidade de captação desaparecera.
A conclusão aponta para o convincente papel das criptas vibrissais como importantes na detecção de estímulos elétricos. Sendo assim, o golfinho é o primeiro animal que não põe ovos a ser dotado desta capacidade.
Contudo, a electro-recepção é ainda um sentido muito primitivo. A lampreia, um dos peixes mais arcaicos, tem-no, por exemplo. O tubarão, sendo quase cego, é também dotado deste sentido para poder caçar, assim como outros seres vivos privados de outras habilidades. Esta capacidade faz do golfinho da Guiana uma espécie privilegiada.
Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=50359&op=all
Comentario:Muito interessante essa noticia sobre os golfinhos,descobriram um q tem um sexto sentindo isso é caso para estudos.
A electro-recepção permite ao golfinho detectar pequenos campos eléctricos emitidos pelas suas potenciais presas, segundo revelou um estudo alemão levado a cabo sobre um espécime em cativeiro. O estudo foi recentemente publicado na Proceedings of the Royal Society B.
Já se conheciam os cinco sentidos deste mamífero: a vista, o toque, a audição, o paladar e a ecolocalização (capacidade biológica de detectar a posição e/ou distância de objetos), em substituição do olfato. Esta última característica permite-lhe, tal como aos morcegos, servir-se do eco do seu grito utrassónico para cartografar o seu meio envolvente.
O sistema nervoso olfativo destes animais desapareceu, mas uma equipe de investigadores alemães acabou de mostrar que o golfinho da Guiana francesa dispõe de um sexto sentido – a electro-recepção –, dotando-o de capacidade de conseguir captar objetos que libertam um campo eléctrico, tal como a grande parte dos seres vivos.
Quando um dos dois golfinhos da Guiana do Dolphinarium de Münster morreu, os biólogos procederam à sua autopsia e decidiram depara-se nas suas “criptas vibrissais”, uma espécie de bigode à volto do nariz. Enquanto dissecavam o animal, não encontraram nenhum pêlo debaixo da pele, mas uma espécie de muco semelhante ao dos ornitorrincos. Esta substância confere aos mamíferos ovovíparos um sistema de electro-recepção bastante desenvolvido.
A equipe do Dolphinarium d'Allwetterzoo Münster seguiu a pista e, após uma série de testes efetuados, tentaram perceber se o Paco (o segundo espécime ainda vivo) conseguia detectar pequenos campos eléctricos. A experiência foi bem-sucedida, mas quando decidiram isolar parcialmente a cabeça do animal, perceberam que a sensibilidade de captação desaparecera.
A conclusão aponta para o convincente papel das criptas vibrissais como importantes na detecção de estímulos elétricos. Sendo assim, o golfinho é o primeiro animal que não põe ovos a ser dotado desta capacidade.
Contudo, a electro-recepção é ainda um sentido muito primitivo. A lampreia, um dos peixes mais arcaicos, tem-no, por exemplo. O tubarão, sendo quase cego, é também dotado deste sentido para poder caçar, assim como outros seres vivos privados de outras habilidades. Esta capacidade faz do golfinho da Guiana uma espécie privilegiada.
Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=50359&op=all
Comentario:Muito interessante essa noticia sobre os golfinhos,descobriram um q tem um sexto sentindo isso é caso para estudos.
domingo, 31 de julho de 2011
Golfinhos podem inspirar novos tratamentos para humanos
A capacidade de recuperação de ferimentos apresentada pelos golfinhos intrigou Michael Zasloff, investigador do Centro Médico da Universidade de Georgetown, nos EUA, que entrevistou tratadores e biólogos marinhos em todo o mundo e reviu a literatura disponível na área sobre esta aptidão a fim de inspirar novos estudos sobre o assunto.
“A capacidade do golfinho curar-se rapidamente de uma mordida de tubarão com aparente indiferença à dor, resistência à infecção, proteção hormonal e uma quase restauração do corpo, podem trazer luz ao tratamento de ferimentos humanos”, destacou o cientista.
No entanto, sublinhou que há uma grande lacuna de informação sobre este processo, pois não se sabe ainda como é que o golfinho não sangra até à morte depois de ser atacado por um tubarão, por exemplo, ou como é que parece não ter qualquer tipo de dor significativa.
Também não é completamente conhecido o que previne a infecção em feridas profundas, que se restauram de tal forma que o contorno do corpo do animal fica quase sem marcas. “Feridas comparáveis em humanos seriam fatais”, frisou Zasloff, que procura explicar este processo com alguns aspectos conhecidos da biologia do golfinho.
De acordo com o investigador, os mesmos mecanismos de mergulho que afastam o sangue da periferia do corpo durante um mergulho longo, podem ser acionados quando há um ferimento, significando que há menos sangue na superfície do corpo e por isso menos perda de sangue.
Relativamente à dor, Zasloff sugere que se trata de uma adaptação neurológica e psicológica favorável à sobrevivência, mas cujo mecanismo se mantém desconhecido. No que diz respeito à infecção, o cientista acredita que os golfinhos têm o seu próprio composto anti-microbiano que é libertado quando ocorre um ferimento.
“Estou certo de que na capacidade de o golfinho se curar a si próprio há agentes anti-microbianos e potentes componentes analgésicos”, afirmou Zasloff. Acrescentou ainda que espera que este seu trabalho “estimule uma investigação que possa trazer benefícios para os humanos.”
Fonte:http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=50198&op=all
Comentário:Muito interessante essa noticia por que agora eles podem descobrir tratamentos até em animais oque mais poderão descobrir.
“A capacidade do golfinho curar-se rapidamente de uma mordida de tubarão com aparente indiferença à dor, resistência à infecção, proteção hormonal e uma quase restauração do corpo, podem trazer luz ao tratamento de ferimentos humanos”, destacou o cientista.
No entanto, sublinhou que há uma grande lacuna de informação sobre este processo, pois não se sabe ainda como é que o golfinho não sangra até à morte depois de ser atacado por um tubarão, por exemplo, ou como é que parece não ter qualquer tipo de dor significativa.
Também não é completamente conhecido o que previne a infecção em feridas profundas, que se restauram de tal forma que o contorno do corpo do animal fica quase sem marcas. “Feridas comparáveis em humanos seriam fatais”, frisou Zasloff, que procura explicar este processo com alguns aspectos conhecidos da biologia do golfinho.
De acordo com o investigador, os mesmos mecanismos de mergulho que afastam o sangue da periferia do corpo durante um mergulho longo, podem ser acionados quando há um ferimento, significando que há menos sangue na superfície do corpo e por isso menos perda de sangue.
Relativamente à dor, Zasloff sugere que se trata de uma adaptação neurológica e psicológica favorável à sobrevivência, mas cujo mecanismo se mantém desconhecido. No que diz respeito à infecção, o cientista acredita que os golfinhos têm o seu próprio composto anti-microbiano que é libertado quando ocorre um ferimento.
“Estou certo de que na capacidade de o golfinho se curar a si próprio há agentes anti-microbianos e potentes componentes analgésicos”, afirmou Zasloff. Acrescentou ainda que espera que este seu trabalho “estimule uma investigação que possa trazer benefícios para os humanos.”
Fonte:http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=50198&op=all
Comentário:Muito interessante essa noticia por que agora eles podem descobrir tratamentos até em animais oque mais poderão descobrir.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Dinâmica do exoesqueleto
Formado pela epiderme e pelo exoesqueleto, o tegumento dos insetos é um dos principais responsáveis pelo sucesso evolutivo e pela megadiversidade desse grupo de organismos.
Um estudo realizado com abelhas por um grupo de cientistas da Universidade de São Paulo (USP) ampliou o conhecimento a respeito da influência exercida sobre os genes cuticulares pelos dos hormônios ecdisteróides – que controlam a ecdise, o processo de mudança do exoesqueleto ao longo do desenvolvimento do inseto.
O trabalho, publicado na revista PLoS One, foi realizado no âmbito do Projeto Temático Genômica funcional de Apis mellifera: busca de novos genes e redes funcionais no contexto do desenvolvimento, da diferenciação de castas e da reprodução , financiado pela FAPESP e coordenado pela professora Zilá Simões, do Laboratório de Biologia do Desenvolvimento de Abelhas (LBDA) da USP em Ribeirão Preto (SP).
Há cerca de 10 anos, uma linha de pesquisas do LBDA, coordenada pela professora Márcia Bitondi, busca compreender o cenário ontogenético da formação e diferenciação do exoesqueleto dos insetos, utilizando a abelha Apis mellifera como modelo biológico.
Bitondi coordena o projeto Genética molecular e regulação hormonal da diferenciação do exoesqueleto no inseto-modelo Apis mellifera , apoiado pela FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.
Além de Bitondi e Simões, participaram do artigo Michelle Soares e Fernanda Silva-Torres, como primeiras autoras, e Moysés Elias-Neto e Francis Nunes, como colaboradores. Elias-Neto e Nunes têm bolsas da FAPESP de doutorado e pós-doutorado, respectivamente.
No artigo, o grupo investigou a influência dos hormônios ecdisteróides na regulação da expressão de genes cuticulares. “A reconstrução cíclica da cutícula durante o crescimento e a metamorfose dos insetos envolve uma complexa rede entre a ação de enzimas e a síntese de proteínas estruturais. Todo o processo está sob o controle de ecdisteróides, que atuam como verdadeiros regentes do desenvolvimento”, disse Bitondi à Agência FAPESP.
De acordo com a pesquisadora, no trabalho, o estudo de genes cuticulares codificadores das proteínas estruturais Tweedle e da enzima Peroxidase confirmou a relação entre níveis hormonais, expressão gênica e maturação da cutícula durante o ciclo de muda do exoesqueleto.
“Foi realizada a análise tanto de transcritos de RNA mensageiro como de proteínas em diferentes fases do desenvolvimento e em distintas regiões do corpo da abelha, o que permitiu uma visão geral dos padrões temporal e espacial de expressão gênica”, afirmou.
Segundo Elias-Neto, a equipe do laboratório já havia levantado em trabalhos anteriores outras proteínas estruturais e outras enzimas que participavam do processo de diferenciação do tegumento.
Ao identificar a participação do gene que codifica as proteínas estruturais da cutícula e o que codifica a enzima Peroxidase, o grupo, que tem foco em biologia do desenvolvimento, dá mais um passo para compreender como se dá a formação do exoesqueleto dos insetos.
“Após incluir os novos personagens moleculares ao conjunto de componentes cuticulares já investigados anteriormente pelo grupo, nosso próximo desafio será relacionar a dinâmica da ontogênese do exoesqueleto às complexas particularidades da vida social das abelhas”, disse Elias-Neto.
Segundo ele, ao longo do desenvolvimento das abelhas, a oscilação das taxas hormonais é que coordena os padrões de expressão dos genes. O diferencial do trabalho, segundo ele, é o fato de relacionar todo o contexto do desenvolvimento do exoesqueleto às especificidades de um inseto social.
De acordo com Nunes, a grande contribuição dessa linha de pesquisa no cenário científico internacional consiste justamente em desvendar semelhanças e diferenças da formação do exoesqueleto entre insetos sociais e não-sociais.
“Isso abre uma grande margem para novos estudos. As perguntas agora passam a se dirigir para as diferenças entre os tegumentos do insetos sociais e os dos que não são sociais”, disse.
Fonte:http://agencia.fapesp.br/14211
Comentário:Muito interessante essa materia sobre os exoesqueletos por que daqui a alguns anos eles poderao evoluir.
Um estudo realizado com abelhas por um grupo de cientistas da Universidade de São Paulo (USP) ampliou o conhecimento a respeito da influência exercida sobre os genes cuticulares pelos dos hormônios ecdisteróides – que controlam a ecdise, o processo de mudança do exoesqueleto ao longo do desenvolvimento do inseto.
O trabalho, publicado na revista PLoS One, foi realizado no âmbito do Projeto Temático Genômica funcional de Apis mellifera: busca de novos genes e redes funcionais no contexto do desenvolvimento, da diferenciação de castas e da reprodução , financiado pela FAPESP e coordenado pela professora Zilá Simões, do Laboratório de Biologia do Desenvolvimento de Abelhas (LBDA) da USP em Ribeirão Preto (SP).
Há cerca de 10 anos, uma linha de pesquisas do LBDA, coordenada pela professora Márcia Bitondi, busca compreender o cenário ontogenético da formação e diferenciação do exoesqueleto dos insetos, utilizando a abelha Apis mellifera como modelo biológico.
Bitondi coordena o projeto Genética molecular e regulação hormonal da diferenciação do exoesqueleto no inseto-modelo Apis mellifera , apoiado pela FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.
Além de Bitondi e Simões, participaram do artigo Michelle Soares e Fernanda Silva-Torres, como primeiras autoras, e Moysés Elias-Neto e Francis Nunes, como colaboradores. Elias-Neto e Nunes têm bolsas da FAPESP de doutorado e pós-doutorado, respectivamente.
No artigo, o grupo investigou a influência dos hormônios ecdisteróides na regulação da expressão de genes cuticulares. “A reconstrução cíclica da cutícula durante o crescimento e a metamorfose dos insetos envolve uma complexa rede entre a ação de enzimas e a síntese de proteínas estruturais. Todo o processo está sob o controle de ecdisteróides, que atuam como verdadeiros regentes do desenvolvimento”, disse Bitondi à Agência FAPESP.
De acordo com a pesquisadora, no trabalho, o estudo de genes cuticulares codificadores das proteínas estruturais Tweedle e da enzima Peroxidase confirmou a relação entre níveis hormonais, expressão gênica e maturação da cutícula durante o ciclo de muda do exoesqueleto.
“Foi realizada a análise tanto de transcritos de RNA mensageiro como de proteínas em diferentes fases do desenvolvimento e em distintas regiões do corpo da abelha, o que permitiu uma visão geral dos padrões temporal e espacial de expressão gênica”, afirmou.
Segundo Elias-Neto, a equipe do laboratório já havia levantado em trabalhos anteriores outras proteínas estruturais e outras enzimas que participavam do processo de diferenciação do tegumento.
Ao identificar a participação do gene que codifica as proteínas estruturais da cutícula e o que codifica a enzima Peroxidase, o grupo, que tem foco em biologia do desenvolvimento, dá mais um passo para compreender como se dá a formação do exoesqueleto dos insetos.
“Após incluir os novos personagens moleculares ao conjunto de componentes cuticulares já investigados anteriormente pelo grupo, nosso próximo desafio será relacionar a dinâmica da ontogênese do exoesqueleto às complexas particularidades da vida social das abelhas”, disse Elias-Neto.
Segundo ele, ao longo do desenvolvimento das abelhas, a oscilação das taxas hormonais é que coordena os padrões de expressão dos genes. O diferencial do trabalho, segundo ele, é o fato de relacionar todo o contexto do desenvolvimento do exoesqueleto às especificidades de um inseto social.
De acordo com Nunes, a grande contribuição dessa linha de pesquisa no cenário científico internacional consiste justamente em desvendar semelhanças e diferenças da formação do exoesqueleto entre insetos sociais e não-sociais.
“Isso abre uma grande margem para novos estudos. As perguntas agora passam a se dirigir para as diferenças entre os tegumentos do insetos sociais e os dos que não são sociais”, disse.
Fonte:http://agencia.fapesp.br/14211
Comentário:Muito interessante essa materia sobre os exoesqueletos por que daqui a alguns anos eles poderao evoluir.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Mais álcool hidratado
O setor sucroalcooleiro brasileiro depara com o desafio de aumentar a produção de etanol para atender às demandas interna e de exportação.
Para isso, são estudadas diversas alternativas, como aumentar a área de plantio de cana-de-açúcar, incrementar o rendimento agrícola (produção por hectare), realizar melhorias no processo de produção industrial ou produzir o combustível por meio de novas rotas, como a partir da celulose presente nos resíduos da cana-de-açúcar e em outras matérias-primas vegetais – o chamado etanol de segunda geração.
Um projeto realizado por pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), em colaboração com grupos de pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Delft University of Technology, da Holanda, demonstrou que outra alternativa potencial pode estar no melhoramento genético dos microrganismos utilizados no processo convencional de produção industrial do biocombustível por fermentação, em que, basicamente, leveduras da espécie Saccharomyces cerevisiae convertem a sacarose (o açúcar) em etanol.
Por meio de estratégias de engenharia metabólica, combinadas com evolução em laboratório, o grupo conseguiu, em escala de bancada, aumentar em 11% o rendimento da produção de etanol sobre a sacarose utilizando uma levedura geneticamente modificada.
“Esse experimento ainda não foi testado em ambiente industrial. Mas, levando-se em conta o grande volume da produção atual, um aumento de apenas 3% no rendimento da fermentação alcoólica permitiria hoje um incremento de 1 bilhão de litros de etanol por ano, só no Brasil, a partir da mesma quantidade de cana-de-açúcar. O que já seria um ganho extraordinário”, disse Andreas Karoly Gombert, professor da Escola Politécnica da USP e coordenador do projeto, à Agência FAPESP.
O projeto surgiu a partir de uma iniciativa do professor Boris Ugarte Stambuk, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que desenvolveu em laboratório e patenteou uma estratégia de engenharia metabólica que altera a topologia e a energética do metabolismo de sacarose na levedura Sacchromyces cerevisiae.
Para verificar até que ponto a levedura geneticamente modificada era melhor do que a levedura convencional, Stambuk procurou Gombert com a proposta de iniciar uma colaboração.
Por meio de um projeto de pesquisa, intitulado “Engenharia evolutiva de leveduras”, financiado pela FAPESP no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), Gombert e colegas cultivaram no Laboratório de Engenharia Bioquímica da Escola Politécnica e também no Departamento de Biotecnologia da Delft University of Technology a levedura geneticamente modificada por meio de um processo chamado quimiostato longo, limitado por sacarose.
Por esse processo, a levedura é submetida a uma pressão seletiva por várias gerações, durante as quais ocorrem alterações genéticas e seleção dos indivíduos mais bem adaptados à condição de cultivo.
Dessa forma, os pesquisadores conseguiram selecionar um clone com capacidade de transporte de sacarose várias vezes aumentada em relação à linhagem fornecida por Stambuk, da UFSC. A linhagem apresentou um rendimento de etanol sobre a sacarose 11% maior do que a linhagem selvagem.
“Esse resultado é inédito e superou nossas previsões quantitativas, com base em um modelo teórico do consumo de sacarose por Sacchromyces cerevisiae. O próximo passo será introduzir essas mesmas estratégias em leveduras industriais e, finalmente, testá-las em condições industriais”, disse Gombert.
Em estudos realizados em laboratório, os pesquisadores tentaram verificar por transcriptômica, PCR (reação em cadeia da polimerase) e por sequenciamento de alguns genes quais modificações ocorreram no genoma da levedura durante o processo de engenharia evolutiva. Com isso, eles conseguiram identificar que alguns genes do microrganismo foram duplicados.
Porém, de acordo com Gombert, essa duplicação de genes é apenas uma parte da explicação sobre a melhoria de rendimento obtida, já que não foi possível, ao menos por enquanto, reproduzir o fenótipo obtido pela evolução em laboratório por meio de modificações genéticas dirigidas.
Segundo ele, o aumento no rendimento da fermentação alcoólica industrial no Brasil ao longo das últimas décadas foi obtido, basicamente, por melhorias nas condições do processo, por meio do aprendizado prático. Mas, para que esse rendimento – que está estacionado há alguns anos na casa dos 90% a 92% do valor estequiométrico – possa aumentar ainda mais, é preciso que sejam introduzidos avanços tecnológicos reais. Dentre eles, o uso de leveduras geneticamente modificadas se apresenta como um forte candidato.
“Já há, pelo menos, uma empresa estrangeira que está introduzindo no Brasil uma levedura geneticamente modificada para produção em escala industrial de outra molécula, que não é o etanol, a partir da sacarose da cana-de-açúcar. Se esse experimento for bem-sucedido, teremos a prova de que é possível cultivar esses microrganismos em um processo de grande escala, com assepsia e reciclagem de células durante os vários meses da safra da cana-de-açúcar, para a produção de um composto de baixo valor agregado. O que, até onde eu sei, é muito raro ou até mesmo inédito".
Fonte: http://agencia.fapesp.br/14205
Comentário:Muito interessante sobre a produção de alcool exportado e importado até no Brasil.
Para isso, são estudadas diversas alternativas, como aumentar a área de plantio de cana-de-açúcar, incrementar o rendimento agrícola (produção por hectare), realizar melhorias no processo de produção industrial ou produzir o combustível por meio de novas rotas, como a partir da celulose presente nos resíduos da cana-de-açúcar e em outras matérias-primas vegetais – o chamado etanol de segunda geração.
Um projeto realizado por pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), em colaboração com grupos de pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Delft University of Technology, da Holanda, demonstrou que outra alternativa potencial pode estar no melhoramento genético dos microrganismos utilizados no processo convencional de produção industrial do biocombustível por fermentação, em que, basicamente, leveduras da espécie Saccharomyces cerevisiae convertem a sacarose (o açúcar) em etanol.
Por meio de estratégias de engenharia metabólica, combinadas com evolução em laboratório, o grupo conseguiu, em escala de bancada, aumentar em 11% o rendimento da produção de etanol sobre a sacarose utilizando uma levedura geneticamente modificada.
“Esse experimento ainda não foi testado em ambiente industrial. Mas, levando-se em conta o grande volume da produção atual, um aumento de apenas 3% no rendimento da fermentação alcoólica permitiria hoje um incremento de 1 bilhão de litros de etanol por ano, só no Brasil, a partir da mesma quantidade de cana-de-açúcar. O que já seria um ganho extraordinário”, disse Andreas Karoly Gombert, professor da Escola Politécnica da USP e coordenador do projeto, à Agência FAPESP.
O projeto surgiu a partir de uma iniciativa do professor Boris Ugarte Stambuk, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que desenvolveu em laboratório e patenteou uma estratégia de engenharia metabólica que altera a topologia e a energética do metabolismo de sacarose na levedura Sacchromyces cerevisiae.
Para verificar até que ponto a levedura geneticamente modificada era melhor do que a levedura convencional, Stambuk procurou Gombert com a proposta de iniciar uma colaboração.
Por meio de um projeto de pesquisa, intitulado “Engenharia evolutiva de leveduras”, financiado pela FAPESP no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), Gombert e colegas cultivaram no Laboratório de Engenharia Bioquímica da Escola Politécnica e também no Departamento de Biotecnologia da Delft University of Technology a levedura geneticamente modificada por meio de um processo chamado quimiostato longo, limitado por sacarose.
Por esse processo, a levedura é submetida a uma pressão seletiva por várias gerações, durante as quais ocorrem alterações genéticas e seleção dos indivíduos mais bem adaptados à condição de cultivo.
Dessa forma, os pesquisadores conseguiram selecionar um clone com capacidade de transporte de sacarose várias vezes aumentada em relação à linhagem fornecida por Stambuk, da UFSC. A linhagem apresentou um rendimento de etanol sobre a sacarose 11% maior do que a linhagem selvagem.
“Esse resultado é inédito e superou nossas previsões quantitativas, com base em um modelo teórico do consumo de sacarose por Sacchromyces cerevisiae. O próximo passo será introduzir essas mesmas estratégias em leveduras industriais e, finalmente, testá-las em condições industriais”, disse Gombert.
Em estudos realizados em laboratório, os pesquisadores tentaram verificar por transcriptômica, PCR (reação em cadeia da polimerase) e por sequenciamento de alguns genes quais modificações ocorreram no genoma da levedura durante o processo de engenharia evolutiva. Com isso, eles conseguiram identificar que alguns genes do microrganismo foram duplicados.
Porém, de acordo com Gombert, essa duplicação de genes é apenas uma parte da explicação sobre a melhoria de rendimento obtida, já que não foi possível, ao menos por enquanto, reproduzir o fenótipo obtido pela evolução em laboratório por meio de modificações genéticas dirigidas.
Segundo ele, o aumento no rendimento da fermentação alcoólica industrial no Brasil ao longo das últimas décadas foi obtido, basicamente, por melhorias nas condições do processo, por meio do aprendizado prático. Mas, para que esse rendimento – que está estacionado há alguns anos na casa dos 90% a 92% do valor estequiométrico – possa aumentar ainda mais, é preciso que sejam introduzidos avanços tecnológicos reais. Dentre eles, o uso de leveduras geneticamente modificadas se apresenta como um forte candidato.
“Já há, pelo menos, uma empresa estrangeira que está introduzindo no Brasil uma levedura geneticamente modificada para produção em escala industrial de outra molécula, que não é o etanol, a partir da sacarose da cana-de-açúcar. Se esse experimento for bem-sucedido, teremos a prova de que é possível cultivar esses microrganismos em um processo de grande escala, com assepsia e reciclagem de células durante os vários meses da safra da cana-de-açúcar, para a produção de um composto de baixo valor agregado. O que, até onde eu sei, é muito raro ou até mesmo inédito".
Fonte: http://agencia.fapesp.br/14205
Comentário:Muito interessante sobre a produção de alcool exportado e importado até no Brasil.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Taxonomia em barras
Agência FAPESP – Em 250 anos de prática taxonômica os cientistas descreveram cerca de 1,7 milhão de espécies de seres vivos. Mas estima-se que cerca de 87% das espécies existentes ainda são completamente desconhecidas, de acordo com o professor Cláudio Oliveira, do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu.
Segundo ele, o Brasil está contribuindo para diminuir essa imensa lacuna do conhecimento com o uso da técnica de DNA barcoding – ou código de barras de DNA – que vem se estabelecendo como um padrão global para a identificação de espécies biológicas.
Durante o 7º Simpósio do Programa BIOTA-FAPESP, realizado na semana passada em São Carlos (SP), Oliveira afirmou que, utilizando a técnica de DNA barcoding, a Rede de Pesquisa de Identificação Molecular da Biodiversidade Brasileira (BR-BoL) deverá catalogar 120 mil exemplares de 24 mil espécies em quatro anos.
A rede, coordenada por Oliveira, tem financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e integra o projeto internacional Barcode of Life (“Código de Barras da Vida, ou iBOL, na sigla em inglês), iniciado em 2004. Os dados coletados são inseridos na base de dados Barcode of Life Data Systems (Bold, na sigla em inglês).
“O objetivo é que, em quatro anos, sejam catalogados 120 mil exemplares na base Bold. Nossa estimativa é que isso corresponda a cerca de 10% da biodiversidade brasileira”, disse Oliveira.
Segundo ele, atualmente são conhecidas – isto é, possuem nome científico – cerca de 50 mil espécies de vertebrados, 800 mil espécies de insetos, 200 mil espécies de plantas com flores. Mas os números das espécies desconhecidas são muito mais impressionantes.
“Estima-se que o número de espécies ignoradas seja da ordem de 10 vezes o número das espécies identificadas taxonomicamente. Os vertebrados são até bem conhecidos: calcula-se que a taxa de desconhecimento seja de apenas 7%. Mas essa taxa é de 15% para as plantas, 65% para moluscos, 80% para protozoários, 90% para insetos e 99% para bactérias, por exemplo. Por isso é fundamental ter um método simples e eficaz de identificação, como o DNA barcoding”, afirmou.
A base Bold tem catalogadas, atualmente, mais de 106 mil espécies descritas em mais de 1,2 milhão de registros de código de barras. O processo é rápido, já que começou há apenas cinco anos. Mas a principal característica é a confiabilidade: com a técnica, os cientistas têm mais de 90% de chance de identificar com precisão as espécies.
“A base Bold preza muito pela qualidade dos dados. Para cada indivíduo há duas páginas de informação e não se trata de informação estática. Se identificamos uma sequência idêntica à que está na base, mas verificamos que o organismo é outro, podemos fazer reparos nos dados. Assim, o crescimento da base de dados apura sua qualidade progressivamente”, disse Oliveira
Erro histórico corrigido
Durante o evento, que foi realizado em conjunto com a 7ª Reunião de Avaliação do Programa BIOTA-FAPESP e a Reunião de Avaliação do BIOprospecTA, Oliveira apresentou uma conferência sobre a aplicação do DNA Barcoding no estudo comparativo de faunas.
Ele descreveu um estudo realizado por seu grupo que, graças à técnica do DNA barcoding, foi capaz de revelar e corrigir um erro taxonômico histórico. Em artigo publicado na revista Zootaxa, os cientistas revelaram que existiam dois nomes para uma única espécie de tainha.
O projeto “Filogeografia das espécies de tainha Mugil liza e Mugil platanus, tem apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.
“A espécie Mugil liza foi identificada em 1836 em Maracaibo, na Venezuela. Em 1880 foi identificada a suposta espécie Mugil platanus, em Buenos Aires, na Argentina. Mas no DNA barcoding, as espécies diferentes de tainha apresentam uma distância genética de quase 20%. Entre a liza e a platanus havia uma distância genética de apenas 0,2%”, explicou o pesquisador.
Antes do estudo, considerava-se que a tainha encontrada entre a Venezuela e Cabo Frio (RJ) era Mugil liza e, dali até a Argentina, o Mugil platanus. Ambas apresentavam, de fato, algumas diferenças morfológicas.
“A análise genética mostrou que as diferenças eram um polimorfismo ocasionado pela variação da temperatura da água. Essa diferença não tem validade do ponto de vista taxonômico. Trata-se de uma única espécie distribuída no Oceano Atlântico em toda a América do Sul. Em 2010, descrevemos a espécie com seu verdadeiro nome: Mugil liza”, disse Oliveira.
Fonte:http://agencia.fapesp.br/14153
Comentário:Muito interessante isso por que precisamos rever até no brasil a análise genetica que tem pouca porcentagem.
Segundo ele, o Brasil está contribuindo para diminuir essa imensa lacuna do conhecimento com o uso da técnica de DNA barcoding – ou código de barras de DNA – que vem se estabelecendo como um padrão global para a identificação de espécies biológicas.
Durante o 7º Simpósio do Programa BIOTA-FAPESP, realizado na semana passada em São Carlos (SP), Oliveira afirmou que, utilizando a técnica de DNA barcoding, a Rede de Pesquisa de Identificação Molecular da Biodiversidade Brasileira (BR-BoL) deverá catalogar 120 mil exemplares de 24 mil espécies em quatro anos.
A rede, coordenada por Oliveira, tem financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e integra o projeto internacional Barcode of Life (“Código de Barras da Vida, ou iBOL, na sigla em inglês), iniciado em 2004. Os dados coletados são inseridos na base de dados Barcode of Life Data Systems (Bold, na sigla em inglês).
“O objetivo é que, em quatro anos, sejam catalogados 120 mil exemplares na base Bold. Nossa estimativa é que isso corresponda a cerca de 10% da biodiversidade brasileira”, disse Oliveira.
Segundo ele, atualmente são conhecidas – isto é, possuem nome científico – cerca de 50 mil espécies de vertebrados, 800 mil espécies de insetos, 200 mil espécies de plantas com flores. Mas os números das espécies desconhecidas são muito mais impressionantes.
“Estima-se que o número de espécies ignoradas seja da ordem de 10 vezes o número das espécies identificadas taxonomicamente. Os vertebrados são até bem conhecidos: calcula-se que a taxa de desconhecimento seja de apenas 7%. Mas essa taxa é de 15% para as plantas, 65% para moluscos, 80% para protozoários, 90% para insetos e 99% para bactérias, por exemplo. Por isso é fundamental ter um método simples e eficaz de identificação, como o DNA barcoding”, afirmou.
A base Bold tem catalogadas, atualmente, mais de 106 mil espécies descritas em mais de 1,2 milhão de registros de código de barras. O processo é rápido, já que começou há apenas cinco anos. Mas a principal característica é a confiabilidade: com a técnica, os cientistas têm mais de 90% de chance de identificar com precisão as espécies.
“A base Bold preza muito pela qualidade dos dados. Para cada indivíduo há duas páginas de informação e não se trata de informação estática. Se identificamos uma sequência idêntica à que está na base, mas verificamos que o organismo é outro, podemos fazer reparos nos dados. Assim, o crescimento da base de dados apura sua qualidade progressivamente”, disse Oliveira
Erro histórico corrigido
Durante o evento, que foi realizado em conjunto com a 7ª Reunião de Avaliação do Programa BIOTA-FAPESP e a Reunião de Avaliação do BIOprospecTA, Oliveira apresentou uma conferência sobre a aplicação do DNA Barcoding no estudo comparativo de faunas.
Ele descreveu um estudo realizado por seu grupo que, graças à técnica do DNA barcoding, foi capaz de revelar e corrigir um erro taxonômico histórico. Em artigo publicado na revista Zootaxa, os cientistas revelaram que existiam dois nomes para uma única espécie de tainha.
O projeto “Filogeografia das espécies de tainha Mugil liza e Mugil platanus, tem apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.
“A espécie Mugil liza foi identificada em 1836 em Maracaibo, na Venezuela. Em 1880 foi identificada a suposta espécie Mugil platanus, em Buenos Aires, na Argentina. Mas no DNA barcoding, as espécies diferentes de tainha apresentam uma distância genética de quase 20%. Entre a liza e a platanus havia uma distância genética de apenas 0,2%”, explicou o pesquisador.
Antes do estudo, considerava-se que a tainha encontrada entre a Venezuela e Cabo Frio (RJ) era Mugil liza e, dali até a Argentina, o Mugil platanus. Ambas apresentavam, de fato, algumas diferenças morfológicas.
“A análise genética mostrou que as diferenças eram um polimorfismo ocasionado pela variação da temperatura da água. Essa diferença não tem validade do ponto de vista taxonômico. Trata-se de uma única espécie distribuída no Oceano Atlântico em toda a América do Sul. Em 2010, descrevemos a espécie com seu verdadeiro nome: Mugil liza”, disse Oliveira.
Fonte:http://agencia.fapesp.br/14153
Comentário:Muito interessante isso por que precisamos rever até no brasil a análise genetica que tem pouca porcentagem.
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