segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Há outra forma de estudar DNA, RNA e proteínas

Equipe que cria novo método envolve investigadores da Universidade do Porto

Agostinho Antunes e Guillermin Aguero-Chapin, do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, Universidade do Porto, desenvolveram com uma equipe de oito cientistas internacionais uma nova metodologia para o estudo de Biopolímeros.

O estudo de Biopolímeros é importante para “poder estudar genes e proteínas que apresentem uma elevada divergência sequencial e incluir na análise simultaneamente a informação da sequência e estrutura dos genes”, explica Agostinho Antunes ao Ciência Hoje.

Os métodos clássicos de alinhamento de sequências de nucleótidos e aminoácidos são "pouco efectivos" para o estudo de genes e proteínas que apresentem uma elevada divergência sequencial. Esse é o caso, por exemplo, da classe de genes ITS2 (internal transcribed spacer 2) nos seres vivos com células eucarióticas, ou seja, com um núcleo celular rodeado por uma membrana (DNA compartimentado e consequentemente separado do citoplasma).

Na investigação, publicada recentemente na revista internacional Plos One, foi desenvolvida uma metodologia baseada em índices topológicos que sintetizaram a informação da sequência e estrutura dos genes ITS2.

Esta nova metodologia “pode ser aplicada em estudos de genes/proteínas envolvidos em doenças genéticas, estudo de genes/proteínas de agentes infecciosos ou de organismos produtores de compostos bioactivos” e vai permitir a “utilização de informação sequencial e estrutural de biopolímeros em simultâneo”, afirma o geneticista.

Na prática, “pode ser facilmente aplicada através de um software desenvolvido por nós e de livre acesso”, acrescenta.

Fonte:http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=51623&op=all

Comentário:Muito interessante essa noticia pois podem descobrir como estudar melhor o rna e o dna.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Análises de DNA

A criação do centro foi possível graças à aquisição de um equipamento chamado HiScan, cuja importação dos Estados Unidos – no valor de US$ 1,18 milhões – contou com o apoio da FAPESP na modalidade Auxílio a Projeto de Pesquisa - Programa Equipamentos Multiusuários.

A máquina atua como um scanner, analisando o material genético contido em um chip de alta densidade e que tem a mesma função de uma lâmina.

O equipamento faz o sequenciamento com velocidade superior aos métodos adotados no país até então. Ele também destaca com precisão os Single Nucleotide Polymorphism (SNPs) ou polimorfismos de base única, que são os marcadores genético-moleculares.

O chip utilizado é capaz de mostrar uma variedade alta de SNPs. Ao identificar essa grande quantidade de marcadores, a tecnologia permite que os cientistas façam uma série de aplicações, como verificar mutações genéticas e selecionar indivíduos com determinadas características para reprodução e melhoramento da espécie.

"Nós já fazíamos isso antes, mas dependíamos de laboratórios dos Estados Unidos, para onde tínhamos que enviar nossos materiais para análise", disse a bióloga Eliana Gertrudes de Macedo Lemos, professora do Departamento de Tecnologia da FCAV, ao site da universidade.

O equipamento da Unesp atenderá tanto a demandas dos pesquisadores envolvidos nos projetos da universidade como as de estudiosos de outras instituições, públicas ou privadas, inclusive de empresas e produtores.

E a aquisição, segundo a professora, beneficiará também diferentes áreas do conhecimento, entre as quais biotecnologia, melhoramento genético animal e agropecuária.

Dois projetos de grande porte da Unesp foram viabilizados com a aquisição da máquina e já estão em curso. Um deles é uma análise de material genético de mais de 6 mil gados de corte, uma busca pelo melhoramento da carne bovina que ampliará o alcance do primeiro estudo.

O outro é a genotipagem do Mico-leão-de-cara-preta (Leontopithecus caissara), iniciativa realizada em parceria com o Zoológico de São Paulo. "Esse primata está ameaçado de extinção.

Ao fazer a genotipagem, podemos evitar cruzamentos de indivíduos com parentesco", explicou Eliana. "Isso permitirá uma melhoria genética e mais chance de sobrevida dos animais que nascerem após a seleção."

Fonte: http://agencia.fapesp.br/14690

Comentário:Muito interessante pois eles podem estudar mais o dna.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

10 espécies cuja população diminui porque a nossa aumenta

Um levantamento feito pelas Nações Unidas garante: antes do final desse ano, a população de seres humanos no planeta deve atingir a marca de 7 bilhões. Enquanto esse número ainda segue crescente, há certos habitantes do planeta fazendo o caminho contrário: a população de animais está decrescendo a níveis alarmantes.
O século XXI apresenta um novo panorama relacionado à extinção. Se os índices atuais forem mantidos, os cientistas calculam que 75% das espécies de hoje devem ser totalmente erradicadas do planeta nos próximos 300 a 2.000 anos. Conheça dez exemplos em que a diminuição populacional, e não o aumento, deve ameaçar a existência em um futuro perigosamente próximo.

10 – FURÃO DE PÉS NEGROS

Um mapa dos Estados Unidos que mostra as áreas onde vive esse pequeno mamífero norte-americano também mostra uma triste figura. As “manchas” de habitat do furão de pés negros (Mustela nigripes) praticamente sumiram. A trágica história desse mamífero começou nos anos 90, quando agricultores dos EUA se envolveram em um esforço nacional para combater o “cão de pradaria”, roedor que estraga plantações.
Isso foi um golpe duro à população de furões, que têm uma dieta 90% composta de cães de pradaria, e cujo habitat (campos de mata rasteira) foi reduzido a apenas 2% da área original. Em 1986, um levantamento americano apontou um número desesperador: havia apenas 18 furões espalhados pelo país inteiro. Desde então, um programa ambiental elevou essa população acima de mil, mas a espécie segue ameaçada.

9 – PEIXE-GATO-GIGANTE

O Rio Mekong, décimo mais volumoso do mundo, nasce em campos da província chinesa do Tibet e cruza seis países do sudeste asiático por 1.535 quilômetros. Em suas águas, está escondido um drama: a quase extinção do Pangasianodon gigas, nome científico para um peixe que chega a atingir três metros de comprimento e mais de 270 quilos.
Na última década, 90% da população original do peixe-gato-gigante simplesmente sumiram do mapa, de modo que restaram cerca de 300 indivíduos no planeta. A própria distribuição do peixe pelo rio dá uma noção do problema: antigamente, eles apareciam por toda a extensão do rio asiático. Agora, ocupam menos da metade desse espaço.

8 – VAQUITA

Você já falar da vaquita? Não se trata de um mamífero terrestre, como talvez você tenha imaginado, mas de uma espécie de boto. Notória pelo pequeno espaço no mundo que habita (apenas alguns quilômetros quadrados no Golfo da Califórnia, no México), a Phocoena sinusis é um dos animais aquáticos mais ameaçados do mundo.
Tal como várias espécies marinhas, a maior ameaça à vaquita eram as redes de pesca predatória, até recentemente. Em 2000, um levantamento do governo mexicano constatou que as redes de pesca matavam de 39 a 84 indivíduos da já reduzida espécie a cada ano. Diante do índice, o governo reduziu o número de redes em 80%, o que amenizou a situação. Mesmo assim, a poluição do mar segue como fator predominante para manter as vaquitas sob ameaça.

7 – LIBÉLULA ESMERALDA

Certos animais sob risco de extinção comovem a opinião pública, mas os insetos raramente se encaixam neste perfil. O panorama para eles, no entanto, é igualmente crítico: algumas espécies devem desaparecer da face da Terra em breve. Um inseto americano, a libélula esmeralda (Somatochlora hineana), apresenta um dos piores índices.
No caso de insetos, em geral, o que contribui para a destruição é a erradicação de ambientes úmidos próprios para o desenvolvimento das espécies. Quando há diminuição da área, a redução populacional é uma consequência direta.

6 – SALAMANDRA OZARK

Se você observar uma foto desse animal, já pode imaginar que é uma espécie exótica. A salamandra Ozark (Cryptobranchus alleganensis), que habita a América do Norte, apareceu apenas recentemente na lista de espécies em extinção. Há menos de 600 indivíduos atualmente, já que a população foi reduzida em 75% nas últimas décadas.
As principais ameaças à salamandra Ozark, que habita rios de alguns estados dos EUA, são não apenas a redução do ambiente em si, mas da qualidade dele. No caso, o fator mais prejudicial é a poluição da água.

5 – GAVIAL

O nome científico, Gavialis gangeticus, já dá uma ideia de onde este animal semelhante ao crocodilo habita: entre outros lugares, as águas do Rio Ganges, na Índia. Atualmente, no entanto, os cientistas poderiam trocar o nome científico do gavial, porque ele foi erradicado da Índia e de outros quatro países. Restam apenas cerca de 1.500 indivíduos da espécie.
A situação já era preocupante nos anos 90, quando a outrora grande população do gavial já estava abaixo dos dez mil. 98% dos lugares onde ele vivia não são mais aptos para sua sobrevivência.

4 – GIBÃO DE CRISTA NEGRA DE HAINAN

Vamos pelo princípio: você já viu um gibão? É um primata semelhante ao macaco. Há várias espécies, mas uma delas, em especial, está sob grave risco. É o Nomascus hainanus, que habita apenas a ilha de Hainan, na China.
Como estão restritos à ilha, é fácil fazer um levantamento populacional. E o número foi alarmante: antes de 1960, havia mais de 2.000 desses primatas, e hoje não há mais de treze indivíduos pela ilha inteira. No caso deles, a indústria primária foi o problema: com produção de borracha nas áreas rasteiras, os gibãos tiveram que migrar para o alto das árvores, onde a oferta de alimentos é menor.

3 – ‘AKIKIKI

A pequena ilha de Kaua’i, no Havaí, guarda um problema relacionado a uma classe animal ainda não tratada nesta lista: as aves. O pequeno pássaro ‘Akikiki habita exclusivamente a ilha, onde há menos de 1.500 indivíduos atualmente.
O problema das aves no Havaí é crítico: das 71 espécies catalogadas na região em 1778, 26 já deixaram de existir completamente, e outras 32 estão em situação semelhante à do ‘Akikiki. O modo como as espécies sumiram também é inusitado: alguns pássaros morreram em massa por contaminação de doenças passadas por insetos.

2 – DYSPIS BREVICAULLIS

Se você acompanha o problema de extinção não apenas nos animais, mas também em plantas, há também algo importante a se destacar. Uma espécie vegetal curiosa, que é uma pequena árvore cujas folhas parecem nascer do chão, tem sua população sensivelmente reduzida. Atualmente, é encontrada em apenas três pequenas regiões da ilha de Madagascar. A agricultura, nesse caso, é um fator que tem dizimado a espécie, não apenas pela redução de áreas nativas, mas por certos produtos químicos usados no solo.

1 – CORAL CHIFRE-DE-ALCE

Voltamos aos animais, mas essa espécie também não está entre as mais lembradas. Os recifes de Coral do Caribe, de forma geral, são “sustentados” pela espécie chifre-de-alce (Acropora Palmata), que sempre marcou presença constante na região. Com o nome dado em alusão aos seu formato, essa espécie era abundante até a década de 80. Desde então, a população foi reduzida em trágicos 95%, especialmente devido à uma doença altamente contagiosa no ambiente.

Fonte: http://hypescience.com/10-especies-cuja-populacao-diminui-porque-a-nossa-aumenta/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29

Comentário: Muito interessante essa noticia pois podem descobrir mais populações que são extintas por nossa causa.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Cientistas descobrem o que regula o desenvolvimento de células

Cientistas da Universidade de Erasmus, na Holanda, descobriram o mecanismo que regula o desenvolvimento das diferentes células sanguíneas. O estudo poderá ajudar no avanço do tratamento de leucemias, imunodeficiências e doenças auto-imunes, avança a agência Lusa.

A equipe de investigadores, que incluí o português Tiago Luís, realizou uma experiência com ratos geneticamente modificados e com diferentes quantidades de proteína Wnt.

Os resultados demonstraram que a variação de Wnt leva à formação de um tipo de célula sanguínea (glóbulos vermelhos, brancos, plaquetas) ou à nova multiplicação de células estaminais (células-mãe raras que se encontram no interior da medula óssea).

Segundo Tiago Luís, que crê nas potencialidades da descoberta na medicina regenerativa, a produção de linfócitos, por exemplo, requer “doses elevadas ou moderadamente elevadas” de Wnt.

Manipulando as quantidades de Wnt é possível “melhorar a produção de linfócitos após a transplantação de medula óssea” e “melhorar o prognóstico” de leucemias, imunodeficiências ou doenças auto-imunes, explica o cientista.

O próximo passo dos investigadores, cujo estudo foi publicado na revista Cell Stem Cell, será testar os conhecimentos em células humanas e noutras doenças.

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=51335&op=all



Comentário:Muito interessante essa noticia por que podem descobrir mais coisas sobre as células.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Aves imunizadas

Uma técnica desenvolvida em 1998 pelos cientistas norte-americanos Andrew Z. Fire e Craig C. Mello para controlar a expressão de genes, testada por uma pesquisadora brasileira na avicultura, pode auxiliar no controle de um dos principais vírus causadores de doenças respiratórias virais, que representam hoje as maiores fontes de prejuízos ao setor avícola.

Denominada “interferência por RNA”, a técnica, que rendeu o prêmio Nobel de Medicina de 2006 a Fire e Mello, possibilitou o estudo das funções de genes específicos e pode ajudar a desenvolver tratamentos para uma série de doenças genéticas.

A dupla percebeu que, ao introduzir nos órgãos reprodutivos do verme Caenorhabditis elegans moléculas de RNA correspondente a uma determinada proteína muscular do artrópode, seus descendentes se contorciam de maneira peculiar. E esse mesmo movimento era observado em vermes modificados geneticamente para não ter o gene que sintetiza a proteína.

Por meio desse experimento, os cientistas concluíram que as moléculas de RNA eram capazes de inativar o gene do verme, inibindo a produção da proteína responsável pela produção de um músculo dele, sem alterar diretamente seu DNA.

Entre 2004 a 2007, durante seu doutorado, realizado no Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com Bolsa da FAPESP, a pesquisadora Helena Lage Ferreira decidiu verificar se a técnica também era capaz de inibir a replicação do metapneumovírus aviário (AMPV) – o agente primário da rinotraqueíte de perus e associado à síndrome da cabeça inchada em frangos e galinhas, que é uma doença altamente contagiosa.

Introduzindo moléculas de RNA em regiões alvo do genoma do AMPV nas células de aves infectadas, a pesquisadora observou que a técnica também foi capaz de inibir em quase 100% a replicação do vírus.

“Até então essa técnica tinha sido aplicada para inibir apenas vírus humanos, e depois desse trabalho, surgiram vários outros aplicando a mesma tecnologia para impedir a replicação de vírus aviários”, disse Lage durante a conferência que proferiu durante o Simpósio Científico sobre Defesa Sanitária Animal e Vegetal, promovido em setembro pela FAPESP e pela Fundação Bunge.

A pesquisadora foi contemplada com o Prêmio Fundação Bunge 2011, no tema “Defesa Sanitária Animal e Vegetal”, na categoria Juventude (direcionada a pesquisadores com até 35 anos de idade), por suas pesquisas sobre doenças respiratórias aviárias.

Apesar dos bons resultados obtidos com a utilização da técnica na avicultura, ela ainda não está sendo usada no setor devido ao seu alto custo. Mas, em contrapartida, está sendo estudada para inibir a replicação do metapneumovírus humano, que é do mesmo gênero do aviário.

“Essas moléculas de RNA ainda não estão sendo comercializadas, porque representam uma tecnologia nova. Mas já estão em fase experimental e em breve deverão chegar às farmácias para o tratamento de doenças respiratórias em humanos”, disse Lage.

Tropismo viral

Segundo a cientista, as doenças respiratórias virais representam hoje alguns dos principais problemas para a avicultura brasileira, que ocupa o terceiro lugar na produção mundial.

Entre os principais vírus causadores dessas doenças são o da laringotraqueíte infecciosa, o metapneumovírus aviário, o vírus da bronquite infecciosa, a influenza aviária e da doença de Newcastle, que representam as maiores fontes de prejuízos ao setor.

Encontrados em aves silvestres (exceto o vírus da laringotraqueíte infecciosa), as quais normalmente não apresentam os problemas respiratórios causados por eles, esses vírus são propagados pelas aves comerciais e podem exterminar um plantel.

Para combater esses vírus, atualmente os criadores de galinhas e perus utilizam vacinas de origem europeia ou norte-americana. Mas, de acordo com a pesquisadora, é preciso verificar se essas vacinas realmente combatem os vírus de campo “brasileiros”.

“É preciso estudar os limites dos programas de vacinação contra vírus de doenças respiratórias aviárias no Brasil, porque o tropismo viral – propensão que um vírus tem em infectar um determinado tipo de célula ou tecido – pode não ser o mesmo dos vírus combatidos pelas vacinas importadas de empresas multinacionais”, disse.

Além disso, de acordo com Lage, é preciso verificar a eficácia dessas vacinas, que devem ser capazes de inibir tanto a infecção como a excreção viral, para evitar a contaminação dos ambientes de criação, e tentar estabelecer uma correlação da proteção com a resposta sorológica para certificar se as aves estão sendo bem vacinadas.

Fonte: http://agencia.fapesp.br/14570

Comentário:Muito interessante essa noticia por que estuda as vacinas e o dna.