terça-feira, 27 de setembro de 2011

Transmissão de dados orgânica

Dispositivos elétricos e eletrônicos, de uma lâmpada a um tablet, enviam informações por meio de elétrons. Por outro lado, o corpo humano e demais organismos enviam sinais e recebem impulsos para realizar tarefas por meio de íons e prótons.

Um grupo de cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e da Universidade de Waterloo, no Canadá, desenvolveu um transistor que usa prótons no lugar de elétrons, abrindo a possibilidade de fabricação de dispositivos que possam se comunicar diretamente com seres vivos. O estudo será publicado esta semana na revista Nature Communications.

Diversos grupos de pesquisa no mundo estudam o desenvolvimento desse tipo de tecnologia, que poderá ser empregado em próteses ou em sensores biológicos, mas as pesquisas estão voltadas para a comunicação eletrônica, com partículas carregadas negativamente, e não positivamente ou neutras, como prótons e íons.

“O desafio está na interface: como fazer com que um sinal eletrônico seja traduzido em um sinal iônico e vice-versa?”, disse Marco Rolandi, professor de ciência dos materiais e engenharia da Universidade de Washington e primeiro autor do artigo.

“Nós encontramos um biomaterial que é muito bom na condução de prótons e permite o potencial de interagir com sistemas vivos”, afirmou.

No corpo humano, prótons atuam junto a espécies de interruptores – ligando ou desligando-os – que são fundamentais para a transferência biológica de energia. Íons abrem e fecham canais na membrana celular para impulsionar coisas para dentro e para fora das células.

Animais, como o homem, usam íons para, por exemplo, flexionar seus músculos ou na transmissão de sinais cerebrais. Uma máquina que seja compatível com um sistema vivo poderia monitorar tais processos. Em teoria, isso poderia levar à geração de correntes de prótons para controlar diretamente determinadas funções.

Um primeiro passo rumo a esse tipo de controle é o transistor apresentado no novo estudo, capaz de enviar correntes de prótons. O protótipo é um transistor de efeito de campo, um tipo que inclui três terminais – porta, fonte e dreno – para a corrente.

O protótipo é o primeiro desses transistores a usar prótons. Ele é bem mais fino que um fio de cabelo, medindo apenas 5 micrômetros de espessura – 1 micrômetro é a milionésima parte de 1 metro.

O transistor foi feito com o uso de quitosana, polissacarídeo derivado do exoesqueleto de crustáceos. A quitosana absorve água e forma muitas ligações de hidrogênio, permitindo que os prótons pulem de uma ligação para outra.

O protótipo também leva silício, o que o torna incompatível com o uso no corpo humano, mas os pesquisadores pretendem desenvolver versões com outros materiais, que possam ser implantadas sem problemas de rejeição ou dano físico.

Fonte:http://agencia.fapesp.br/14523

Comentário:Muito interessante essa noticia por que podem descobrir mais sobre os organismos ex os crustáceos.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Marcador para a metástase

O aparecimento de metástases tem contribuição fundamental do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF-A, na sigla em inglês) produzido por células do estroma positivas para o marcador S100A4, de acordo com um novo estudo feito por brasileiros e norte-americanos. O estroma é o tecido conectivo que dá sustentação às células funcionais dos órgãos.

De acordo com os autores, o estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences poderá ter impacto clínico importante, já que pacientes positivos para o marcador S100A4 nas células – em tese mais propensos à metástase – poderão ser identificados e se beneficiar de drogas anti-VEGF existentes.

O trabalho teve a participação de Ricardo Renzo Brentani e de Rafael Malagoli Rocha, ambos do Departamento de Oncologia do Hospital A.C. Camargo – Brentani é diretor-presidente da FAPESP. Os outros autores são de instituições norte-americanas: da Escola de Medicina de Harvard, do Departamento de Patologia do Hospital Rhode Island, da Universidade Vanderbilt, em Nashville, e da Divisão de Ciências e Tecnologia da Saúde Harvard–Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

O VEGF-A promove a angiogênese – o crescimento de novos vasos sanguíneos – na região tumoral. Esses vasos alimentam o tumor e ao mesmo tempo propiciam e facilitam o aparecimento da metástase.

“Verificamos que existe o aparecimento do VEGF-A em células do estroma – que basicamente são fibroblastos – que compõem a matriz extracelular. Por isso, elas têm um papel central na colonização metastática. Mas o mais importante é que os fibroblastos responsáveis pela produção do VEGF-A podem ser positivos para o marcador S100A4”, disse Rocha à Agência FAPESP.

Segundo ele, existem drogas que bloqueiam a ação do VEGF, como o Bevacizumab, que obteve sucesso no tratamento de pacientes com doenças metastáticas, aumentando a sobrevida. “Imaginamos que os pacientes com S100A4 no estroma podem se beneficiar com essas terapias anti-VEGF”, afirmou.

Rocha e Brentani estabeleceram uma parceria com o grupo liderado por Radhu Kalluri, do Centro Médico Beth Israel Deaconess, hospital universitário da Faculdade de Medicina de Harvard. O estudo publicado na PNAS é resultado dessa cooperação.

A parte experimental da pesquisa foi realizada em Harvard, em dois grupos de camundongos: um grupo de animais transgênicos que não expressam a proteína S100A4 e um grupo de controle capaz de expressá-la. “Com isso, conseguimos observar as diferenças entre os dois grupos quanto à produção de VGEF e quanto ao aparecimento de vasos e metástases”, disse Rocha.

No Laboratório de Anatomia Patológica do Hospital A.C. Camargo, os cientistas fizeram a parte molecular in situ do estudo, realizando testes imunohistoquímicos para identificar a quantidade da proteína S100A4 expressa nos fibroblastos estromais.

“A partir daí conseguíamos prever quais pacientes produziriam mais vasos e estariam mais suscetíveis à metástase, caso não fossem tratados”, afirmou o cientista.
Fonte:
http://agencia.fapesp.br/14498

Comentário:Muito interessante essa notícia por que podem descobrir mais coisas sobre biologia.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Gestão ambiental

Aproximar o leitor do processo de gestão de uma Unidade de Conservação abordando os pilares da sustentabilidade –ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito – é a proposta do livro Sustentabilidade, Qualidade de Vida e Identidade Local – Olhares sobre as APAs Cantareira, SP, e Fernão Dias, MG.

Organizado pelos professores João Luiz de Moraes Hoeffel e Almerinda Antonia Barbosa Fadini, do Centro de Estudos Ambientais da Universidade São Francisco (CEA-USF), em Bragança Paulista, e Sônia Regina da Cal Seixas, do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais da Universidade Estadual de Campinas (NEPAM-Unicamp), o livro contou com apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações.

A obra, que expõe análises sobre questões socioambientais regionais, teve origem a partir de um simpósio realizado em 2008 com o objetivo de discutir a Área de Proteção Ambiental (APA) como uma Unidade de Conservação de uso sustentável e as estratégias de gestão e planejamento adotadas.

“O livro reúne os resultados gerais de seis projetos de pesquisa, sob a coordenação e colaboração dos três organizadores, desenvolvidos ao longo de aproximadamente dez anos”, disse Hoeffel à Agência FAPESP.

Destinado a profissionais e gestores das áreas de planejamento, educação ambiental e conservação de recursos naturais, assim como professores e alunos de graduação e pós-graduação interessados no tema, o livro buscou identificar os problemas socioambientais que ocorrem nas APAs do Sistema Cantareira (São Paulo) – que abrange os rios Piracicaba e Juqueri-Mirim – e Fernão Dias (Minas Gerais) e como têm sido enfrentados por seus moradores.

São dez capítulos, sendo os três primeiros voltados à reflexão dos estudos de caracterização do território das APAs do Sistema Cantareira e Fernão Dias. Os demais tratam da cultura e tradição locais, gestão compartilhada e participativa, uso e ocupação do solo e a apresentação de iniciativas e perspectivas sobre a qualidade de vida, transformações sociais e ambientais decorrentes do turismo.

Entre os fatores preocupantes apontados por Hoeffel estão a expansão urbana em torno das APAs, seus impactos na qualidade e quantidade de água e os remanescentes de vegetação da região, o aumento da atividade turística e a participação insipiente da população local nas políticas de conservação dos recursos naturais e hídricos.

“A falta de conhecimento pela população é grande não apenas com relação às características ambientais regionais, mas também sobre o enquadramento dessas áreas de proteção ambiental em uma Unidade de Conservação”, ressaltou. "Há ainda a questão da industrialização. Dependendo de como esse processo ocorre, também poderá gerar uma alteração ambiental."

Com a publicação, os autores esperam apoiar políticas públicas voltadas à ocupação mais atenta às peculiaridades das duas APAs, além de contribuir para a sustentabilidade local.




Fonte:http://agencia.fapesp.br/14481
Comentário:Muito interessante essa noticía por que podem descobrir mais sobre o meio ambiente.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Transformar gordura ruim em boa

Um grupo de cientistas identificou um mecanismo biológico que transforma gordura branca em marrom. A novidade publicada na edição de setembro da revista Cell Metabolism poderá auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias para tratar a obesidade.

O homem tem dois tipos de tecido adiposo: o marrom, ligado à regulação da temperatura e abundante em recém-nascidos; e o branco, cuja função é acumular energia no corpo e está mais presente em adultos. A gordura branca está associada à obesidade e falta de exercícios. É a gordura indesejada e que muitos querem se livrar do excesso.

O novo estudo, feito em modelo animal por cientistas do Centro Médico da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, demonstrou que a transformação da gordura ruim em boa é possível devido à ativação de uma enervação e de um caminho bioquímico que começa no hipotálamo (área cerebral envolvida no balanço energético) e que termina nas células adiposas brancas.

A transformação das gorduras foi observada quando os animais foram colocados em um ambiente mais rico, com maior variedade de características e desafios físicos e sociais.

Camundongos foram colocados em recipientes contendo rodas de girar, túneis, cabanas, brinquedos e diversos outros elementos, somados a alimento e água em quantidades abundantes. Um grupo controle também foi exposto a água e alimento sem limites, mas em ambiente sem dispositivos para que pudessem se exercitar.

Segundo os cientistas, a maior transformação de gordura branca e marrom foi associada a um ambiente fisicamente estimulante, mais do que à quantidade de alimentos ingerida.

“Os resultados do estudo sugerem o potencial de induzir a transformação de gordura branca em gordura marrom por meio da modificação do nosso estilo de vida ou pela ativação farmacológica desse caminho bioquímico”, disse Matthew During, professor de neurociência e um dos autores do estudo.


Fonte:http://agencia.fapesp.br/14453
Comentário:Muito interessante essa noticía porque pode ajudar muito os seres humanos.

sábado, 3 de setembro de 2011

Dia 3 de Setembro - Dia Do Biólogo

Dia 3 de Setembro comemora-se o dia do Biólogo. Este profissional que é um cientista da área da Biologia. Desenvolve seus estudos por meio do Método Científico. Trabalha em laboratórios de pesquisa, laboratórios de rotina como os de biologia clínica, campos abertos como savanas, florestas e todo lugar onde há vida para ser estudada.

A crescente preocupação com a promoção da saúde e da qualidade de vida amplia as perspectivas de trabalho para o biólogo. O mercado está em plena expansão devido à carência de profissionais dessa área, aliada à degradação ambiental crescente. A área de atuação é ampla para o biólogo,que trabalha com Ecoturismo, Gestão ambiental, Jardinagem e Paisagismo, Recuperação / restauração de ambientes degradados, entre outras.

Para a bióloga piauiense, Thaise Nunes,que está atuando no Maranhão, "ser biólogo é antes de tudo, dedicar sua vida pela vida, é amar a profissão e enfretar todos os obstáculos e adversidades. Os biólogos têm uma grande missão hoje em dia, manter viva a biodiversiversidade que se não atentarmos com total dedicação pode ser que percamos uma grande parte de nós mesmo. O “ser” biólogo é a própria vida", concluiu.

No Brasil, o exercício da profissão exige dupla habilitação: a técnico-científica e a legal. A habilitação técnico-científica é expressa através da comprovação da capacidade intelectual do indivíduo, pela posse do diploma fornecido pela autoridade educacional e pelo currículo efetivamente realizado. A habilitação legal cumpre-se com o registro profissional no órgão competente para a fiscalização de seu exercício; no caso dos biólogos, o Conselho Regional de Biologia de sua jurisdição.

A profissão de Biólogo foi regulamentada no Brasil pela Lei número 6.684 de 3 de setembro de 1979. Devido à profissão ter sido regulamentada na mesma data.


Fonte:http://www.tvecorural.com/noticia/5575-dia-do-biologo---3-de-setembro.html

Comentário:Um dia bem especial para os biólogos que descobrem sobre a vida do nosso país.